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PECUÁRIA 5m de leitura

Frigorífico anuncia maior remuneração para produtor paranaense

Localizada no Noroeste do Estado, unidade afirma durante ExpoLondrina que iniciativa vai incentivar pecuaristas na produção do "boi China"

ATUALIZAÇÃO
15 de abril de 2023

Reportagem local
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O Frigorífico Astra, localizado na região Noroeste do Paraná, informou que vai aumentar a remuneração da arroba do boi ao produtor paranaense. O anúncio foi feito na última semana durante encontro realizado na sede da Sociedade Rural do Paraná (SRP), na 61ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. A partir de agora, o frigorífico vai repassar ao produtor R$ 10 a mais por arroba.

Esse foi o meio encontrado pela empresa para incentivar o pecuarista paranaense na produção do "boi China", nome dado ao animal destinado a exportação. O "boi China" é um animal mais jovem, que conta com rastreabilidade, um bom acabamento de carcaça e peso. O Frigorífico Astra recebeu mês passado habilitação para exportação de carne para a Indonésia e a China, maior consumidor da carne bovina brasileira. O frigorífico é o único da região Sul do país autorizado a exportar carne para a China.

“O frigorífico vai ter incremento de receita e parte desse incremento está destinando ao pecuarista, isso é justo. Essa melhor remuneração vai gerar mais valor para o produtor paranaense”, explicou o CEO da SpaceVis, Guilherme Canavese. O rebanho paranaense conta com 8 milhões de animais. “É o que faltava da cadeia para a gente ter o approach do mercado. O Paraná estava limitado ao consumo estadual e abastecimento nacional. Agora, temos um canal para levar nossa carne com valor agregado para China”, comemorou o presidente da SRP, Marcelo El-Kadre.

PRODUÇÃO

O frigorífico paranaense abate, em média, 500 animais por dia na indústria de Cruzeiro do Oeste. A empresa já manda produtos para vários países da América Latina, União Europeia, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Israel. “Depois de um longo esforço de negociação, de demonstrar cabalmente condições higiênico-sanitárias, com o fim da vacinação contra a febre aftosa, recebemos mais uma boa notícia, a habilitação de um frigorífico paranaense que abate bovinos para esses dois mercados muito importantes”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Isso é um esforço de longo prazo que vem sendo feito pela economia do Paraná, particularmente pelo Frigorífico Astra, atendendo todos os requisitos de mercados exigentes.”

O Astra teria condições de aumentar o volume de abates por dia caso houvesse mais animais com rastreabilidade no mercado local. “Temos que originar animais monitorados do ponto de visto de manejo, de gestão pecuária e saúde animal. Essa tecnologia foi criada para colocar a pecuária no mercado, geramos todas as informações necessárias e exigidas pelas autoridades sanitárias. A China, por exemplo, exige carcaça com pouca gordura, poucos dentes e que não chegue a 30 meses”, complementou Canavese.

“Isso vai fomentar o mercado, gerar o crescimento do rebanho paranaense, tanto em quantidade quanto em qualidade. O desafio é desenvolver tecnologicamente esse rastreio animal e evoluir para outras questões, como ter todo o rebanho paranaense rastreado com o sistema Sisbov para trazer mais oportunidade para o produtor em termos de créditos e seguros”, definiu o CEO da SpaceVis. Atualmente, só 5% do rebanho nacional conta com rastreabilidade.

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