SÃO PAULO - O Brasil participa com apenas 3,9% no comércio entre os países integrantes da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), e os empresários brasileiros precisam saber negociar para que a abertura do mercado na região seja vantajosa, alertou ontem o diretor do Departamento de Comércio Exterior (Decex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Fernando Furlan, durante seminário sobre a Alca em São Paulo.
Os negócios entre os 34 países da Alca somam US$ 2,5 trilhões, 2,5% do comércio mundial, segundo levantamento do Decex. Mas a participação do Brasil nesse volume é de apenas 1%, segundo Furlan. Dos US$ 2,5 trilhões, 89% estão na área do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta). Os países do Mercosul participam com apenas 6%.
A comparação entre as exportações dos Estados Unidos e as
dos demais integrantes da Alca, argumenta Furlan, mostra por que os norte-americanos levam vantagens. Os Estados Unidos exportaram 774,7 bilhões em 1995. O Canadá, país que chega mais próximo dos norte-americanos, exportou US$ 160 bilhões. O México, terceiro no ranking, vendeu no mercado externo US$ 61 bilhões e o Brasil, quarto colocado, exportou R$ 46,5 bilhões.