A Feira EletroMetalCon, realizada pelo Sindimetal Norte PR (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e Materiais Elétricos do Norte do Paraná), muda de formato esse ano, estará focada apenas no setor eletrometalmecânico, e passa a se chamar Feira EletroMetalMecânica de Inovação. A nova proposta foi apresentada à imprensa nesta quarta-feira (19).

O evento acontece nos dias 2 e 3 de julho no auditório do Aurora Shopping e vai trazer a Londrina nomes de peso para falar de inovação com empresários do setor eletrometalmecânico e de outros. Também estão previstas rodadas de oportunidades e de integração para colocar empresários, parceiros de negócios, universidades e estudantes em contato.

Henry Carlo Cabral, gerente do Senai Londrina; Walter Orsi, presidente do Sindimetal Norte PR; Paulo Leite, coordenador do Inovemm; e Heverson Feliciano, consultor do Sebrae/PR Regional Norte, durante apresentação da 15ª Feira EletroMetalMecânica de Inovação à imprensa
Henry Carlo Cabral, gerente do Senai Londrina; Walter Orsi, presidente do Sindimetal Norte PR; Paulo Leite, coordenador do Inovemm; e Heverson Feliciano, consultor do Sebrae/PR Regional Norte, durante apresentação da 15ª Feira EletroMetalMecânica de Inovação à imprensa | Foto: Divulgação

“Queremos que a inovação seja parceira, e não concorrente dos empresários no futuro”, destacou Walter Orsi, presidente do Sindimetal Norte PR. A 15ª Feira EletroMetalMecânica de Inovação é realizada em parceria com o Sebrae e tem o apoio do Senai.

A programação inclui uma palestra com o diretor-presidente do Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Jorge Almeida Guimarães, sobre “Política de inovação: desafio de longo prazo”; com o dinamarquês Peter Kronstrom, head do Conpenhagen Institute for Future Studies da América Latina e fundador do Future Lounge, com o tema “O futuro de ontem não é o mesmo de hoje”; com o palestrante e empresário Allan Costa, sobre “A inovação que gera transformação”; e com Arthur Igreja, co-fundador do #AAA (Os cinco minutos mais transformadores do seu dia), sobre “Transformação digital”. Também haverá apresentação de cases e um talk show sobre inovação empresarial com as empresas Angelus, Apetit e Masipack.

“Vêm pessoas tem a inovação no DNA para trazer uma visão diferenciada aos empresários e fazer que isso se multiplique entre empresas desse e de outros setores”, disse Paulo Leite, coordenador da Inovemm, governança do setor eletrometalmecânico da região.

Está prevista no evento uma rodada de oportunidades, que já conta com 41 empresas inscritas. As vagas ainda estão abertas. Uma rodada de integração deverá unir empresas e universidades, ocasião em que projetos para a solução de problemas do setor poderão surgir. Já estão confirmadas para essa rodada a presença da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e do Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina) e ainda há espaço para participação.

“É um marco colocar em uma mesa universidades e empresários para talvez propor soluções”, comenta Orsi. “Tanto um quanto outro não se conversam. Acredito muito que na feira essa aproximação vai acontecer de fato.”

Durante o evento, haverá ainda uma pequena planta industrial que vai demonstrar os benefícios da indústria 4.0 para os presentes, com o monitoramento dos processos em tempo real. “Vamos mostrar que o empresário pode, com pequenos investimentos, melhorar o controle e a gestão sobre os negócios”, comentou Henry Carlo Cabral, gerente do Senai Londrina.

Governança

A mudança na Feira EletroMetalMecânica é uma das ações da governança do setor eletrometalmecânico, formada em meados de agosto do ano passado. Dentre as outras ações previstas estão o mapeamento do setor, que já está quase pronta, a realização de outros eventos com o intuito de unir empresas e universidades e o mapeamento de fundos para acesso a recursos de inovação. A governança também quer estudar de maneiras de ajudar empresas a terem mais acesso a esses recursos.

Inscrições

As inscrições para a 15ª Feira EletroMetalMecânica de Inovação custam R$ 40 para profissionais e R$ 20 para estudantes e podem ser feitas pelo site inovemm.com.br/eventos. Associados do Sindimetal Norte PR estão isentos da taxa. Mais informações pelo e-mail: [email protected] e pelo telefone (43) 3025-5223.

SETOR ELETROMETALMECÂNICO LOCAL É COMPOSTO POR 672 INDÚSTRIAS

Heverson Feliciano, consultor da Regional Norte do Sebrae/PR, lembra que o setor eletrometalmecânico foi eleito um dos cinco setores com potencial de inovação através da inovação por estudo encomendado pelo Sebrae e realizado pela Fundação Certi.

O setor de construção civil, que antes se unia ao eletrometalmecânico para a Feira EletroMetalCon, também foi identificado como um setor com potencial de desenvolvimento e, com uma governança própria, passará a realizar eventos independentes.

O setor eletrometalmecânico, observa Feliciano, é transversal aos demais setores, e por isso tem potencial de desenvolvimento na região. “O diferencial do eletrometalmecânico é que o setor trabalha com hardware pesado. É um setor que pode alavancar os demais.”

O eletrometalmecânico de Londrina abrange 672 indústrias e é um dos setores que mais empregam na cidade – cerca de 8 mil pessoas, observa o presidente do Sindimetal Norte PR, Walter Orsi. Na região, são 1.361 indústrias, com cerca de 20 mil trabalhadores. O segmento representa 22% das indústrias de transformação em Londrina.

Orsi destaca ainda a diversidade e a presença de grandes empresas como Atlas Schindler e Pado na região. “É uma região com o setor bem diversificado, com empresas de áreas como de elevadores, cadeados, refrigeradores, baterias”, ele exemplifica. Segundo o presidente, a concentração de grandes empresas do setor fora da capital está na região de Londrina.

Embora o setor eletrometalmecânico seja formado majoritariamente por empresas pequenas, essas têm oportunidade de crescer e se tornarem grandes. A matéria-prima, que vem principalmente de outros estados, é considerada um grande desafio para o setor. Por outro lado, as empresas locais vendem seus produtos e serviços para todo o País e até para o exterior, ressalta Orsi.

Ele cita ainda a parceria com instituições como o Senai e o grande número de universidades, cursos de engenharia, mestres e doutores da região, que podem contribuir para a solução de problemas do setor.