Faltou trabalho para 27,453 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em setembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 24,8% no trimestre até junho para 24,0% no trimestre até setembro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até setembro de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,1%.

Subocupação por insuficiência de horas

A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,5% no trimestre até setembro, ante 7,9% no trimestre até junho, conforme a Pnad Contínua do IBGE.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Em todo o Brasil, há um recorde de 7,044 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.

Na passagem do trimestre até junho para o trimestre até setembro, houve um recuo de 311 mil pessoas na população nessa condição. Em um ano, o País ganhou mais 231 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas.

Pessoas desalentadas

O Brasil tinha uma população de 4,703 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em setembro, segundo o IBGE.

O resultado significa 174 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em junho. Em um ano, 31 mil pessoas a menos estavam em situação de desalento.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Ocupados a mais em 1 trimestre

Ainda segundo o IBGE, o País registrou 459 mil ocupados a mais no mercado de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 251 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados.

A taxa de desemprego passou de 12,0% em junho para 11,8% em setembro de 2019.

A população ocupada alcançou um recorde de 93,801 milhões de pessoas.

A população inativa totalizou 64,843 milhões no trimestre encerrado em setembro, 86 mil a mais que no trimestre anterior.