Curitiba - A indústria paranaense puxou o freio das exportações em 2002. Entre janeiro e maio deste ano, o Paraná exportou US$ 1,63 bilhão, 21,2% a menos do que no mesmo período do ano passado. A retração foi maior do que da indústria brasileira, que caiu apenas 12%. Mesmo assim, a balança comercial paranaense nos cinco meses deste ano está positiva em US$ 225 mil, já que as importações caíram mais ainda: 37,8%.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre janeiro e maio o Paraná importou US$ 1,4 bilhão. Por causa da alta do dólar, esperava-se um aumento nas exportações, o que não ocorreu. O principal produto da pauta das exportações paranaenses, o complexo soja, ficou retido nas cooperativas e nas indústrias, na espera de um preço melhor.
Para o economista técnico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, o plano adotado pelos produtores foi muito bom. ''No pico da colheita do ano passado, quase 70% da soja já estava comercializada. Mas em junho houve reação da Bolsa de Chicago e disparada do dólar. Por isso os produtores resolveram mudar de estratégia neste ano'', relatou. ''A Bolsa de Chicago teve aumento de quase 10% no último mês e o dólar aumentou, por isso em julho já vai haver um impacto grande da exportação'', disse.
O principal produto exportado pelo Paraná neste ano foram os automóveis, que renderam US$ 201 milhões.