Exportação recorde faz a balança ter superávit
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segunda-feira, 02 de julho de 2001
Agência Folha De Brasília
As exportações de junho foram as maiores para este mês em todos os tempos. A média diária de exportações do mês passado (US$ 252,1 milhões) ultrapassou pela primeira vez na história a marca de US$ 250 milhões. Com isso, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 277 milhões em junho.
Com o resultado, o déficit comercial deste ano caiu para US$ 70 milhões. No mês de janeiro, a balança teve déficit de US$ 477 milhões; em fevereiro, superávit de US$ 79 milhões; em março, déficit de US$ 280 milhões; em abril, superávit de US$ 120 milhões; e, em maio, superávit de US$ 211 milhões (corrigido na última semana).
No ano, as exportações somaram US$ 28,927 bilhões e as importações, US$ 28,997 bilhões. Esses valores são recorde histórico para o primeiro semestre de um ano. As exportações registraram crescimento de 8,9% em relação a junho de 2000 e de 3,3% em relação a maio deste ano.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a venda de produtos manufaturados e básicos também apresentou em junho recorde para este mês. Com relação aos manufaturados, a média diária de exportações de junho representou um aumento de 4,4% em relação a junho do ano passado.
O principal item dos manufaturados foi o de aviões (crescimento de 39,4% sobre junho de 2000), tendo como mercado de destino os Estados Unidos, Reino Unido, Grécia, Polônia e Bélgica.
Ainda nos manufaturados, os principais crescimentos relativos foram nas vendas de óleos combustíveis (+285%), gasolina (+122,4%) e açúcar refinado (90,7%).
Já os produtos básicos alcançaram a média diária de US$ 79,2 milhões em junho (32,9% sobre junho de 2000), a segunda maior média mensal já registrada, ficando atrás somente de maio de 1997 (US$ 83,9 milhões).
Os crescimentos mais relevantes foram nas vendas de soja em grão (32,7% sobre junho de 2000), sobressaindo como principal produto da pauta no mês, tendo a China, Países Baixos, Espanha, Alemanha e Irã como principais mercados de destino.
Outro item importante foi o farelo de soja, com aumento de 30,6% sobre junho de 2000. Já os semi-manufaturados apresentaram queda de 11,8% nas exportações em relação a junho do ano passado. Essa queda está relacionada a dois produtos: celulose (-46,4%) e semi-manufaturados de ferro e aço (-69,3%).
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