O sucesso da 60º edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina) já era perceptível com o grande movimento nas ruas do Parque Ney Braga (zona oeste), entre os dias 01 e 10 de abril.

Mas para entender a dimensão de todo esse sucesso, os números desta edição foram divulgados nesta manhã de terça-feira (3), em entrevista coletiva. E são surpreendentes. A ExpoLondrina 2022 bateu recorde na movimentação financeira, somando R$ 1 bilhão e 864 milhões. Um incremento de 300% comparado com a edição de 2019, que movimentou pouco mais de R$ 615 milhões.

“Os resultados foram acima da nossa expectativa. Mostra a força do agronegócio e é surpreendente considerando que estamos saindo de uma pandemia. Nunca veio tanta gente e nunca se vendeu tanto, de churros a automóveis. As pessoas realmente desejaram estar aqui”, comentou o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Antonio de Oliveira Sampaio.

Tamanha movimentação financeira se deve ao volume de vendas, mas também à inflação embutida nos preços dos produtos. “Três anos atrás, o valor era outro. Hoje tudo está mais caro, mas é inegável que tivemos sucesso desde a venda de sanduíches, passando pelos shows até os veículos. Ao todo, foram vendidos 1.350 carros e isso pra mim é impressionante”, destacou. Também foram comercializados 678 maquinários.

A bilheteria também bateu recorde, com um público de mais de 561 mil visitantes, ou seja, um média de 50 mil pessoas por dia. O total representa um aumento de 21% comparado com três anos atrás, quando 464 mil pessoas passaram pelos portões do Parque.

O número de empregos diretos e indiretos foi maior que a última edição, chegando a 8.500. Foram 1.300 novas oportunidades de trabalho nos dez dias de feira. Na área comercial, estiveram presentes 288 expositores, que movimentam a economia desde sua montagem até a desmontagem.

Imagem ilustrativa da imagem ExpoLondrina bate recorde de público e comercialização com R$ 1,8 bi
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

A presença do público nos eventos técnicos também foi maior neste ano, com 17.400 pessoas. Entre as novidades da feira, as parcerias com grandes instituições foram essenciais para atrair um público diferenciado nos eventos em Tecnologia, Inovação e Games.

A ExpoGames, por exemplo, foi visitada por aproximadamente 88 mil pessoas. Já o Pavilhão Smart Agro-Sebrae, com Vila das Startups e realização de Challenge, gerou em média 600 negócios e o 5° Hackathon, teve mais de 100 inscritos.

“Sempre temos o cuidado de preparar um evento que desperte o interesse das famílias, preparando atrações para os que queriam passear com seus filhos. E mais uma novidade que implantamos este ano para as famílias foi a promoção nos preços dos ingressos de segunda a quarta-feira. Entendemos que isso era necessário até mesmo devido ao momento que estamos deixando para trás, mas que ainda traz impacto financeiro para muita gente”, afirmou Sampaio.

VILA RURAL

Entre as famílias e estudantes, a Vila Rural/Fazendinha é uma das principais atrações da feira desde que o projeto foi implantado há 27 anos, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, por meio do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e com a UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Durante os dez dias de Expo, foram 237 mil visitantes no espaço, 39 oficinas e 3.675 atendimentos técnicos a produtores rurais. Ao todo, 238 escolas foram atendidas, somando mais de 18 mil estudantes.

As visitas gratuitas passaram de 23 mil pessoas. A iniciativa é destinada a alunos de escolas públicas e privadas, entidades que assistem idosos e pessoas com deficiência. Outra ação que acontece há cinco anos na feira é a Prova de Laço em Dupla, cuja renda é revertida ao Hospital do Câncer de Londrina. Nesta edição foram arrecadados R$ 200 mil.

ANIMAIS E LEILÕES

Neste ano, a ExpoLondrina contou com um número menor de animais. Nesta edição vieram 4.571 animais sendo que em 2019 foram 6.900 no total. De acordo com a diretoria da Sociedade Rural do Paraná, a redução é consequência da restrição na movimentação de animais devido à febre aftosa. “Especialmente em estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo. Esse cenário impediu a vinda de mais animais”, diz Sampaio.

Essa restrição também refletiu na realização de leilões, que sempre movimentou milhões nas feiras agropecuárias. Mas para Dequech, diretor comercial da entidade, a queda no número de leilões, de 14 para seis neste ano, sendo apenas dois presenciais, está muito mais ligado aos novos modelos de negócios que se desenharam na pandemia.

“Nesses dois anos e meio, surgiram novas formas de negociação dos animais. Hoje, tudo é feito de forma virtual e nós acreditamos que o leilão presencial está se extinguindo”, avaliou. Ainda de acordo com ele, diante da recente notícia de que mais sete estados estarão livres da vacinação contra febre aftosa a partir de novembro deste ano, a edição 2023 da ExpoLondrina, poderá contar com um número maior de animais e bater novos recordes.

“Essa 60º edição levou a Expo a outro patamar. Indústrias que não vieram em outras edições já se manifestaram que virão para 2023. Acho que ano vem vamos ter uma surpresa muito maior”, destaca.

A próxima Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina já tem data definida. Será entre os dias 06 e 16 de abril de 2023.

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