O mercado de coworking ainda é novo e está passando por experimentações até encontrar um modelo que funcione, diz Fernando Aguirre, cofundador da Coworking Brasil. "Não existe um formato ideal, ninguém sabe qual é o formato ideal e muitas pessoas estão experimentando coisas diferentes." Mas, de forma geral, o aproveitamento de espaços é uma de suas premissas. "O coworking tem a ver com economia compartilhada, como Uber, Airbnb. Pegar recursos ociosos e dar uso para isso. Uma empresa privada que tem 10, 20 posições ociosas e vê a oportunidade de compartilhar com a comunidade local é bastante interessante."

Para Lucas Ferreira, consultor do Sebrae Londrina, a criação de espaços compartilhados gera receita para as empresas e ainda pode oportunizar negócios. "Quando o empresário usa de uma área ociosa da infraestrutura para gerar receita e criar um ambiente colaborativo, criativo onde os profissionais vão não só trabalhar, mas também promover a troca de experiências e a oportunidade de negócios por meio de parcerias, isso é uma vantagem muito significativa."

Saber onde o público está e o que precisam são fatores importantes para que os espaços compartilhados deem certo, diz Aguirre. "O que funciona na Paulista não funciona em Minas Gerais. É importante para quem abriu um coworking ter noção do que o seu público precisa."

Por isso, é uma tendência mundial profissionais abrirem espaços de coworking para pessoas que atuam na mesma área. Isso é comum para profissionais da área criativa, como fotógrafos e profissionais de vídeo, por exemplo. "É muito confortável para eles abrirem espaços para profissionais da mesma área, porque já sabem o que público pensa e que estrutura é necessária." A convivência entre profissionais da mesma área nos espaços compartilhados e colaborativos, na visão de Ferreira, do Sebrae, promove o desenvolvimento profissional individual e coletivo. "Isso sem dúvida vai trazer crescimento individual e daquele segmento como um todo."(M.F.C.)