São Paulo - As fontes alternativas de energia elétrica vêm enfrentando, no Brasil, dificuldades para se livrar da eterna condição de promessa. Materialização dos ideais de vários dos auxiliares do presidente Lula, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), criado no ano passado com o objetivo de estimular as fontes energéticas mais limpas, vem sendo posto em prática num ritmo bastante lento para um país que vislumbra a possibilidade de um aperto na oferta no médio prazo.
O Proinfa ainda não venceu a etapa da seleção de projetos a serem contemplados com subsídios. O programa tem o objetivo de viabilizar a implantação de 3.300 megawatts (MW) de potência instalada divididos igualmente entre geração com biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Mesmo depois de duas chamadas públicas, os técnicos do governo não conseguiram, até o momento, preencher a cota de 1.100 MW de geração a partir da biomassa e já cogitam complementá-la com projetos de PCHs e de geração eólica.
São dois os motivos da adesão abaixo do esperado, segundo os empreendedores do segmento de biomassa: os preços determinados pelo governo federal para a compra da energia a ser produzida pelas centrais são pouco atrativos; e o prazo dos contratos a serem firmados, de 20 anos, são excessivamente longos.