Uma pesquisa realizada pelo Sebrae para traçar o perfil das empresas de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação de Londrina e Região) de Londrina e Região mostrou que, em 2019, elas aumentaram as contratações, o que também elevou o saldo de empregos nas organizações. No ano passado, elas teriam contratado, em média, 6,2 novos funcionários e desligado 2,1, gerando um saldo positivo de 4,1 empregados a mais por empresa. Na penúltima edição da pesquisa, em 2017, o saldo ficou em 1,7.

“A justificativa pode ser a vinda de grandes players na cidade que contrataram muito, e também que os dados foram colhidos antes da pandemia. O número de demissões pode ter aumentado, mas de qualquer maneira se percebe que o saldo de empregos ficou positivo e elevado ao longo dos últimos anos”, comentou Henrique Ceciliato, consultor do Sebrae/PR em live realizada nesta sexta-feira (7) para apresentar os resultados da pesquisa. A quarta edição do levantamento contou com 55 respondentes de um universo de 2.207 empresas instaladas em um raio de até 70 Km de Londrina.

A pesquisa mostrou ainda que em mais da metade das empresas (55%), a faixa salarial dos funcionários é de até R$ 2 mil reais. Na maioria (85%), os funcionários têm Ensino Superior completo (70%) ou pós-graduação (15%).

Os gastos com a mão de obra ficaram entre 31% e 40% para a maioria (21%) dos entrevistados. Porém, aumentou o número de respondentes que tiveram gastos mínimos (0 a 10%) com os funcionários. Enquanto nos outros anos a proporção de empresas que gastavam 0 a 10% com mão de obra era de 0 (2013), 4% (2015) e 6% (2017), em 2019 esse índice subiu para 15%. “A hipótese é que tenha relação com o número de MEIs (Microempreendedores Individuais)”, pondera Ceciliato.

FATURAMENTO

O estudo também mostrou que a maioria das empresas de TIC de Londrina e região se encaixam no regime do Simples Nacional (54%) ou são Microempreendedores Individuais (24%). Um terço delas (30%) tiveram faturamento de até R$ 60 mil em 2019. Outros 20% faturaram entre R$ 360 mil e R$ 1 milhão.

Na comparação com os outros anos da pesquisa, verificou-se um aumento da proporção de empresas que faturaram mais que R$ 3,6 milhões em 2019 (11%). A proporção dessas empresas era de 3% em 2017.

Para 2020, a previsão da maioria (29%) é faturar entre R$ 360 mil e R$ 1 milhão. Outros 22% afirmaram que devem faturar até R$ 60 mil. “Essa previsão deve ter sofrido mudanças após a chegada da pandemia, porque alguma se beneficiaram da pandemia e podem ter faturamento ampliado, e outras podem ter sofrido", observou Ceciliato. "Mas, de maneira geral, a expectativa do empreendedor de TIC no início do ano era de aumento (do faturamento)."