As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira após oscilarem entre perdas e ganhos, em um movimento influenciado pela notícias em torno do acordo comercial Estados Unidos e China. O otimismo que predominou ao longo da semana foi refreado logo após a afirmação do presidente americano, Donald Trump, de que não havia avalizado a remoção de tarifas impostas à importações chinesas. Apesar do apetite por risco dos investidores ter sido impactado, a notícia não foi suficiente para derrubar as bolsas. Os principais índices terminaram o dia em novo recorde de fechamento.

O Dow Jones subiu 0,02%, aos 27.681,24 pontos, e o S&P 500 avançou 0,26%, aos 3.093,08 pontos. O Nasdaq teve alta de 0,48%, aos 8.475,31 pontos.

Perto da abertura do mercado americano, o presidente Trump disse que, embora não concorde em derrubar as tarifas comerciais sobre produtos chineses como condição colocada por Pequim, a "fase 1" do acordo entre os dois países ainda pode ocorrer porque, segundo Trump, a "China quer muito que aconteça, mais do que os EUA".

A analista do BK Asset Management, Kathy Lien, avalia que, embora os EUA e a China esperem ter um acordo no papel na próxima semana, as negociações não estão indo tão bem quanto o mercado havia pensado.

"Os ventos ainda podem mudar para a direção certa, porque os EUA poderiam oferecer à China uma reversão parcial e não total das tarifas. Esse gesto de boa vontade pode ser suficiente para satisfazer o mercado e sustentar a recuperação de ações e moedas. Não é segredo que o presidente Trump mantém um olho atento às ações e, de várias maneiras, os consumidores também o fazem", ressalta Lien.