O secretário Sandro Alex, em reunião com comissão de deputados: "A ideia é terminar as obras ainda no nosso mandato (que termina em 2022)
O secretário Sandro Alex, em reunião com comissão de deputados: "A ideia é terminar as obras ainda no nosso mandato (que termina em 2022) | Foto: Divulgação/SEIL

O secretário da Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, confirmou nesta terça-feira (20) a uma comissão de deputados estaduais que o projeto para as obras de duplicação da PR- 445 - de Irerê a Mauá da Serra - será contratado com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Segundo ele, o termo de referência necessário para o edital de licitação já está pronto.

“Montamos praticamente uma força tarefa para cuidarmos desse assunto”, disse o secretário, ressaltando que a obra é prioridade para o governo. “A princípio tínhamos um prazo para abrir o edital até outubro, mas queremos antecipar para setembro”, complementou.

A expectativa é de contratar a empresa até dezembro ou janeiro. A vencedora da licitação deve levar 12 meses para fazer o projeto, com custo aproximado de R$ 6 milhões. Só depois, as obras, que serão feitas em duas etapas - entre Irerê e Tamarana e entre Tamarana e Mauá da Serra -, poderão ter início.

Atualmente, está sendo duplicado o trecho da rodovia entre o Conjunto Jamile Dequech e o Distrito de Irerê. “Queremos entregar essa parte no ano que vem e gostaríamos de começar as outras na sequência. A ideia é terminar as obras ainda no nosso mandato (que termina em 2022)”, afirma o secretário. Ele também disse acreditar ser possível reduzir o tempo de elaboração do projeto para “oito ou nove meses”.

Um dos deputados presentes à reunião, Tercílio Turini (Cidadania) se disse otimista quanto a realização da obra. “Faz 15 anos que lutamos por essa duplicação, que é fundamental para a nossa região”, afirmou. Com a obra, será possível chegar a Curitiba e ao litoral utilizando apenas rodovias duplicadas.

Turini ressaltou que, quanto antes os projetos forem realizados, mais chances têm a obra de sair do papel. “Conforme os projetos vão ficando prontos, o Estado vai usando os recursos do BID. Eles têm de estar finalizados a tempo de as obras ficarem prontas até 2022.” Segundo ele, o recurso do banco internacional só pode ser usado em projetos com conclusão prevista para 2022.

Também presente à reunião, o deputado estadual Tiago Amaral (PSB) espera que o edital para licitar a empresa saia até 20 de setembro. “Esperamos que até o fim deste ano, a empresa já esteja contratada”, disse. Segundo ele, a união da sociedade em torno da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura de Londrina e Região é responsável pela “agilização”, do projeto.

Até a semana passada, quando o governo sinalizou que priorizaria as obras, a comissão estava disposta a arrecadar dinheiro entre os empresários para custear o projeto. Segundo Amaral, não está descartado o uso desse rateio em outros projetos, como o do viaduto da PUC.

A duplicação da PR 445, que também será executada com recursos do BID, vai custar cerca de R$ 300 milhões. No total, são 52 quilômetros.