BRASÍLIA, DF - A atividade econômica retraiu 0,27% em setembro em relação ao mês anterior, de acordo com o indicador IBC-Br do Banco Central, divulgado nesta terça-feira (16). No ano, contudo, o índice acumula alta de 5,88%.

O indicador mostra recuo na retomada do setor produtivo no terceiro trimestre deste ano, com queda de 0,14% em relação ao mesmo período de 2020. No acumulado dos 12 meses até agosto, a economia avançou 4,22%.

Este é o segundo resultado negativo seguido. Em agosto, houve queda de 0,29%. No mês passado, o BC divulgou que o a retração seria de 0,15%, mas o dado foi revisado.

A série passa por revisões frequentes. Os ajustes normalmente são residuais, mas, de acordo com o BC, nos últimos meses a diferença tem sido maior em razão dos choques causados pela pandemia de Covid-19.

Os dados podem ser diferentes dos informados anteriormente porque a série passa por revisões frequentes. Os ajustes normalmente são residuais, mas, de acordo com o BC, nos últimos meses a diferença tem sido maior em razão dos choques causados pela pandemia de Covid-19.

O dado de julho, por exemplo, passou de alta de 0,60% (antes do ajuste) para 0,23% na primeira revisão. Na publicação desta terça, o crescimento passou para 0,18% no mês. Em junho a variação foi ainda maior -passou de 1,14% para 0,92% na revisão de setembro e 0,23% no mês passado. Agora, ficou em 0,22%.

Em março deste ano, mês marcado por novas rodadas de lockdowns em razão do agravamento da pandemia de Covid-19, a economia encolheu 1,77%, segundo o indicador, mas voltou a crescer em abril, com 0,49%, e manteve números positivos até julho.

O número é calculado com ajuste sazonal, que remove especificidades de um mês, como número de dias úteis, para facilitar a comparação com outros períodos.

Após o início da pandemia, o fechamento dos comércios e o distanciamento social afetaram a economia. Com a reabertura e flexibilização das medidas restritivas, a atividade entrou em ritmo de recuperação.

Em março do ano passado, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, segundo informado na época, já sob efeito do distanciamento social. Após a última revisão, a variação foi para queda de 4,71%.O pior resultado foi registrado em abril de 2020, quando a economia caiu 9,73% (9,87% com revisão), nível mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003.

O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.