Os donos de bares e restaurantes de Londrina se reuniram nesta segunda-feira (14) novamente em frente à prefeitura ostentando faixas em protesto ao fechamento de bares e à Lei Seca. Eles criticam as medidas tomadas pela Prefeitura e questionam o motivo para o setor ser o único penalizado.

Imagem ilustrativa da imagem Donos de bares e restaurantes fazem novo protesto na Prefeitura
| Foto: Mie Francine Chiba

Em seguida, eles foram recebidos pelo Chefe de Gabinete interino, Tito Valle, para ouvir as demandas dos empresários. Valle prometeu levar as reivindicações ao prefeito e informou que a questão já está sendo analisada pelo prefeito e pela sua equipe.


Durante a reunião, o chefe de gabinete interino salientou que as decisões da prefeitura são baseadas em dados científicos, e que o público jovem, considerado o principal frequentador desses estabelecimentos, é o mais acometido pela Covid-19 no município. "São números técnicos apresentados que informam que a maioria da contaminação em Londrina atinge pessoas jovens, que são o público frequentador desse ramo de comércio, e que acabam transmitido para seu familiares essa doença."

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| Foto: Mie Francine Chiba

A expectativa era que houvesse uma nova reunião, dessa vez com o prefeito, na quarta-feira (16), às 15 horas. Mas, nesta segunda, o Prefeito de Londrina emitiu uma nota informando que também foi infectado pelo novo coronavírus.

"Nossa reivindicação é que o prefeito reveja o decreto que foi publicado, porque acreditamos que existe uma maneira melhor de se fazer isso, que não cause tantos danos ao setor, aos empresários, aos empregos, e que possamos dar continuidade às nossas atividades", disse Alexandre Fontana Guimarães, vice-presidente da Abrasel Norte do Paraná (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Norte do Paraná).

Cerca de 1.200 estabelecimentos foram afetados, afirma Fernanda Fujarra, presidente da entidade. "Tem muito desemprego, muito desperdício de alimento, porque os empresários foram avisados do dia para a noite que haveria fechamento."

MANDADO DE SEGURANÇA

Na última sexta-feira (12), a Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) entrou com um mandado de segurança com tutela de urgência solicitando que os bares possam reabrir com seus CNAEs secundários, como lanchonetes e restaurantes, para consumo de lanches, refeições e bebidas no local ou, pelo menos, em sistema de delivery ou take away, seguindo as normas voltadas a essas atividades. A entidade deve entrar com um segundo mandado de segurança entre esta segunda e terça-feira (15), contra a Lei Seca.

Para Fabio Aguayo, presidente da Abrabar, o fechamento dos bares e a proibição do consumo de bebidas alcoólicas pode fomentar a realização de festas clandestinas e o consumo de bebidas alcoólicas sem procedência. "A culpa não é nossa. Quanto mais fazem ações, mais fortalecem o que está acontecendo, festa clandestinas, desrespeito. Bares e restaurantes têm prevenção de incêndio, segurança, toda uma regra que tem que seguir. E tem uma preocupação mais séria, que é consumir produto sem procedência. No Brasil, Londrina é a única cidade de grande porte que fez isso."