A pouco mais de dois anos do fim dos contratos de concessão das rodovias do Anel de Integração do Paraná e com boa parte das obras no Norte e Norte Pioneiro do Estado marcadas para serem entregues no prazo final, a expectativa entre lideranças é negativa. O deputado Tiago Amaral, que participa das discussões para a construção do Contorno Norte de Londrina, previsto em contrato com a Triunfo Econorte, diz que o sentimento é até de ansiedade diante das indefinições causadas por investigações sobre corrupção e idas e vindas na Justiça.

"Tínhamos uma reunião para logo depois do Carnaval com a procuradora geral do Estado, com base na informação de que a obrigação da Econorte era entregar o contorno, mas o STJ já mudou tudo", disse o parlamentar, sobre decisão do Superior Tribunal de Justiça em favor da empresa.

O deputado afirma que a procuradora geral do Estado, Leticia Ferreira da Silva, disse a ele que recorreria da decisão do STJ, por entender que é obrigação da concessionária entregar o Contorno Norte e todas as obras previstas no contrato original. Amaral considera que há pouca diferença no custo entre o trajeto do projeto de 1997, que hoje não atende a necessidade da região e já passaria pela zona urbana, e a proposta apresentada em 2016, que passa pela zona rural e é com estradas duplicadas. "Um aditivo de 2002 tirou a obrigatoriedade das desapropriações da Econorte, então o próprio governo do Estado defende a troca de um projeto pelo outro, já que os valores são próximos, porque os aditivos foram desconsiderados." (F.G.)