Rio de Janeiro - O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta segunda-feira (18) a PEC que elevou os benefícios sociais do governo durante o período eleitoral, com o argumento de que a medida é necessária para enfrentar a fome.

Imagem ilustrativa da imagem 'Deixamos morrer de fome?', rebate Guedes sobre críticas à PEC
| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Em discurso na posse do novo presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), João Pedro Nascimento, ele repetiu também críticas à oposição e à imprensa e voltou a afirmar que o Brasil está "condenado a crescer".

Guedes afirmou que a transferência de renda é a medida correta para enfrentar a fome e as dificuldades financeiras dos brasileiros, citando como exemplo o maior uso de lenha para cozinhar diante dos altos preços do gás de cozinha.

"Se fazemos a transferência de renda, é medida eleitoreira", reclamou. "Então deixamos morrer de fome?"

Ao mesmo tempo em que usou a pobreza para justificar a ampliação dos benefícios, o ministro disse que os indicadores econômicos mostram que a economia brasileira está crescendo. Citou com exemplo a queda do desemprego e revisões positivas para o crescimento do PIB.

A elevada inflação, defendeu, está em tendência de queda. "Não acreditem nas histórias que colocam o Brasil para baixo", afirmou. "As pessoas, por política, sabotam o Brasil".

O ministro repetiu acreditar que, enquanto o mundo entra em um período recessivo, o Brasil terá um ciclo de crescimento, impulsionado por US$ 800 bilhões (R$ 4,2 trilhões) em investimentos já contratados pelo setor privado.

A seu favor, afirmou o ministro, o Brasil tem a proximidade com os maiores mercados consumidores e a confiança dos investidores. "A Europa precisa do Brasil para garantia de segurança energética. Europeus, americanos e asiáticos precisam do Brasil para segurança alimentar."

Guedes defendeu também a condução do país pelo governo Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o mandato se iniciou com a tragédia ambiental de Brumadinho, passou pela pandemia e agora enfrenta efeitos da Guerra da Ucrânia. "O Brasil teve um desempenho surpreendente para quem não acreditava no Brasil."

O ministro deixou o evento sem falar com a imprensa, a quem culpou também por "fake news" sobre o desempenho da economia. "O jornalista, em vez de buscar verdades, ele enfraquece a mídia, que um dos pilares da democracia."

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