A Prefeitura de Londrina acaba de editar o decreto 984/2020, que autoriza empresas de serviços de buffet (alimentação para eventos e recepções) e casas de festas e eventos a comercializarem alimentos. O setor de eventos foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus.

Imagem ilustrativa da imagem Decreto autoriza buffets e casas de eventos a comercializarem alimentos
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O decreto autoriza a comercialização de alimentos para consumo imediato ao público em geral em caráter excepcional, ou seja, enquanto durar a situação de emergência em decorrência da Covid-19 no município ou até a medida ser revogada.

A atividade poderá ser realizada dentro do estabelecimento da própria empresa ou em qualquer outro local privado. As empresas que aderirem estarão sujeitas às medidas impostas aos restaurantes e lanchonetes pelo decreto 834/2020. A realização de festas e eventos na cidade permanece proibida até 30 de setembro.

Maria Ângela Rocha Ferraz, diretora de Eventos do Londrina Convention Bureau e membro do Comitê de Retomada de Eventos da Governança do Turismo em Londrina, critica que as medidas do decreto se aplicam a apenas duas atividades de um setor que abrange 57 segmentos e possui 247 empresas na cidade. "Existem outros setores que precisam, muitas famílias que dependem disso. Como fica a hotelaria, setor de som, luz, projeção, DJ?"

A proposta enviada pelo Comitê duas semanas atrás à Prefeitura de Londrina, por meio de ofício, previa a retomada gradual da realização de eventos a partir de setembro, com lotação de até 50 pessoas e seguindo protocolos. "O problema é que cada evento envolve 57 segmentos e esse decreto está restrito a um único segmento, que é o de buffet. Os outros 56 estão sem perspectiva se levar em consideração que um evento precisa de planejamento."

Ela também lembra que o processo de trabalho de um buffet é diferente do de um restaurante, e que leva tempo e esforço de comunicação para que uma empresa do segmento passe a ser frequentado por um novo tipo de cliente. "Claro que, diante da pandemia, todo mundo se adapta, mas aí entra o hábito do consumidor para frequentar um buffet que nunca frequentou e esforço de comunicação."