O "Mapeamento da indústria criativa no Brasil 2016" realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) mostra que a área criativa foi a menos impactada pelo cenário de crise econômica.

O estudo, que é divulgado a cada dois anos, analisou dados nacionais do período de 2013 a 2015 e apontou que o PIB (produto interno bruto) Criativo cresceu de 2,56% para 2,64%. A área gerou riqueza na ordem de R$ 155,6 bilhões em 2015. Na comparação com 2013, o mercado formal de trabalho criativo teve alta de 0,1%.
"Os profissionais criativos aumentaram sua participação no mercado de trabalho (1,8% em 2015 ante 1,7% em 2013), o que reforça o papel estratégico da classe criativa na atividade produtiva", diz o estudo.

Em um levantamento feito pelo professor Fernando Gimenes, do Departamento de Administração da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e coordenador do livro "Economia Criativa: Conhecimento, Criatividade e Empreendedorismo para uma sociedade sustentável", para o Ministério da cultura em nível nacional, mostrou que entre 2009 e 2013, 50% das empresas da economia da cultura eram MEIs (Microempreendedores individuais).

O resultado é baseado em dados do Sebrae e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Isso significa que muitas pessoas que atuavam nessas áreas estão se formalizando como empreendedores. Essa pode ser uma saída para muita gente. Com a crise, pessoas que estavam vinculadas a empresas e perderam o emprego, mas têm algum talento da indústria criativa, podem apostar nessa onda", afirmou Gimenes. (A.M.P)