O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) definiu ontem à noite a nova Tban em 42,25% ao ano e manteve a TBC suspensa nos atuais 19%, até 16 de dezembro, próxima reunião do Copom. Com a decisão, o BC mantém, na prática, suspensa a TBC. A TBC (Taxa Básica do Banco Central) e a Tban (Taxa de Assistência do Banco Central) funcionam como uma espécie de piso e teto para os negócios com juros do dia-a-dia entre bancos e com títulos públicos. A Tban havia sido elevada de 29,75% para 49,75% ao ano em reunião do Copom no dia 10 de setembro. Mas o governo já havia elevado os juros no dia 4 daquele mês, ao suspender os empréstimos interbancários pela TBC (19% anuais). A medida visou aumentar o rendimento das aplicações em renda fixa no Brasil e, assim, frear a forte saída de recursos estrangeiros do país, em virtude do agravamento da crise internacional.
Os juros do over, o mercado por um dia, despencaram ontem nos negócios entre bancos, de 41,70% ao ano, ontem, para 36,30%. É que os investidores apostavam que o Copom, o Comitê de Política Monetária, iria reduzir ontem o teto dos juros do over, a Tban, de 49,75% ao ano para cerca de 40% a 43%. O Copom só divulga novas taxas após o fechamento do mercado.
Mas a decisão do Copom é apenas formal, avaliam os analistas. A atuação da mesa do Banco Central no over hoje é que vai determinar qual a política de juros a ser adotada: uma queda brusca ou gradual. O Banco Central, segundo avaliação da maior parte do mercado, atuará hoje no over tomando dinheiro a 35%. Havia os que apostavam em 37%. Ontem, o BC tomou dinheiro a 42,75% no over.