A Copel lançou nesta terça (6), em Curitiba, ferramenta on-line que fornece informações sobre a incidência de raios solares no Paraná e provê dados importantes para a geração de energia a partir do sol. O mapa solar desenvolvido em parceira com o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), permite verificar a radiação em todas as regiões do Estado, em qualquer período do ano.

O objetivo é disponibilizar ao consumidor da companhia informações sobre a incidência solar e estimar a potência fotovoltaica necessária para o consumo. "O mapa também serve para balizar os grandes investidores de energia solar do Estado. Pela ferramenta tem-se uma visão macro em todo os meses do ano", explicou Ricardo Rothstein, superintendente da Divisão de Desenvolvimento de Negócios da Copel.

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O Paraná conta com 3.135 pontos de geração distribuída fotovoltaica solar, com potência de 37.686,52 kWp e injeção no sistema de 18.212.151kWh. Em Londrina são 188 unidades consumidoras com capacidade instalada de 1.785,09kWp. "A geração distribuída fotovoltaica cresce exponencialmente. Somos o quinto Estado com mais geração distribuída instalada. Ainda não é tão competitiva, mas temos mais sistemas instalados do que regiões do Nordeste e Norte do País", disse Rothstein.

No começo do ano a Copel lançou uma chamada pública para projetos de instalação de usinas de energia fotovoltaica. "Estamos estudando os projetos. Devemos priorizar as regiões Norte, Oeste e Sul - região de Francisco Beltrão - onde a incidência solar é maior", afirmou. Rothstein também afirmou que a empresa vai considerar a disponibilidade e capacidade de distribuição das estações para definir os projetos.

EVOLUÇÃO
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a geração de energia solar é a terceira mais barata, ficando atrás da hidrelétrica e eólica. "A solar está em plena evolução e ficando mais competitiva. E não podemos olhar apenas o preço para geração, mas sim todo o benefício", comentou o professor Gerson Máximo Tiepolo, coordenador do Labens (Laboratório de Energia Solar) da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

A estimativa é que até 2050, 40% de toda a matriz energética do planeta será fotovoltaica. "A China é um dos países que mais vem investindo em energia solar", afirmou Tiepolo. Segundo ele, em cinco anos a capacidade de geração da China será dez vezes a capacidade de Itaipu.

O Brasil possui até o momento 1 gigawatt." A demanda de energia está em crescimento. Com a crise econômica tivemos uma estabilidade de consumo e não foram feitos investimentos. Mas com a retomada da economia precisará de energia. Os grandes potenciais já foram utilizados. A tendência será usinas de menor potência e, com as questões climáticas - menos chuvas - a energia solar vai se intensificar", explicou o professor.

SITE
O superintendente da Copel ressaltou que o mapa solar é uma forma de incentivar a geração da energia fotovoltaica. Para elaboração da ferramenta foram usados dados de radiação solar registrados em estações meteorológicas entre os anos de 2006 e 2016. As medições foram feitas em cem estações em diferentes pontos do Estado.

De navegabilidade fácil, a ferramenta permite obter os dados em todos os endereços mapeados no Paraná: basta entrar com a localização específica para receber as informações de radiação solar média, temperatura e umidade, conforme o período escolhido - se anual, mensal ou por estação do ano.

A partir daí, é possível calcular a potência necessária estimada para o sistema fotovoltaico a ser instalado, conforme o consumo de energia e a classe de consumo - informações estas constantes na conta de luz. No site é possível verificar os procedimentos que a Copel adota em casos de micro e minigeração distribuída. O endereço para acessar a ferramenta é solar.copel.com.