Entre 2019 e 2021, a Copel deverá investir R$ 65 milhões na melhoria da rede de abastecimento em Londrina, Cambé e Ibiporã. Após a expansão do sistema, com melhoria na rede de alta tensão e nas subestações, a estatal de energia do Paraná entra agora na instalação de equipamentos automatizados. Na prática, o termo técnico significa que os trabalhos são direcionados para que cada vez menos os usuários se lembrem da companhia.

Imagem ilustrativa da imagem Copel investe R$ 65 milhões em melhorias na rede de Londrina, Cambé e Ibiporã
| Foto: Roberto Custódio

O superintendente de Serviços Operacionais da Agência Londrina, Ayres Augusto Gonçalves Junior, explicou que as melhorias feitas anteriormente foram importantes para a redução dos grandes apagões e da quantidade de usuários desabastecidos. Nessa nova etapa de aprimoramento da rede, os investimentos resultarão em menos desligamentos e no restabelecimento mais rápido do fornecimento de energia. “Os circuitos foram automatizados. Estão sendo instalados os religadores automáticos, equipamento que evita o desligamento e, quando acontecer, identifica onde está o defeito e a recomposição será mais rápida”, destacou Gonçalves.

Esses religadores trifásicos, por enquanto, estão sendo instalados somente na zona urbana. Foram 21 em 2019 e mais 11 estão previstos para este ano, distribuídos em todas as regiões de Londrina, Cambé e Ibiporã. Na zona rural, a modernização da rede consiste na instalação de equipamentos mais simples, monofásicos, que evitam o desligamento. “É uma continuidade do processo de automação da rede. É uma mudança grande na área rural e é um esforço de trazer para o campo o mais próximo do que tem na zona urbana”, disse o superintendente. No ano passado, foram instalados 180 religadores monofásicos na área rural da região de Londrina e neste ano, serão mais 151.

Os investimentos no triênio 2019-2021 na instalação dos religadores somam R$ 4,5 milhões, incluídos nos R$ 65 milhões que serão investidos em outras melhorias no período, que incluem as subestações, circuitos e linhas, por exemplo.

O superintendente ressaltou que apenas na cidade de Londrina, no ano passado foram feitas mais de 40 interligações de circuito, que consiste na ativação de alimentadores que abastecem temporariamente uma rede avariada até que o problema seja solucionado, evitando o desabastecimento.

Para este ano, os destaques são as operações previstas para a zona rural sul de Londrina, que abrange o patrimônio Selva e os distritos de Irerê, Paiquerê, Guaravera e Lerroville, além do município de Tamarana. Naquela região, o circuito passa por muitas áreas de mata e quando chove, os desligamentos são frequentes. A Copel planeja a mudança do circuito para locais menos arborizados, como as margens das rodovias, o que deve ser concluída ainda neste primeiro semestre.

Em 2021, está prevista a expansão do circuito urbano na zona sul, na região do jardim União da Vitória. “Hoje tem dois circuitos que distribuem a energia ali e a ideia é construir mais um, com seis quilômetros de rede, para dividir a carga. Com isso vai desligar menos e o tempo dos eletricistas correrem o trecho para restabelecer o abastecimento vai ser menor”, disse Gonçalves. Os trabalhos devem começar ainda neste ano e a conclusão deve acontecer no ano que vem.