A Copel (Companhia Paranaense de Energia) deixou de ser uma estatal nesta terça-feira (8). A transformação da companhia em uma corporação ocorreu após oferta de ações em Bolsa, que movimentou R$ 5,2 bilhões. As informações são do Estadão/Broadcast.

De acordo com o jornal, as ações foram vendidas a R$ 8,25, um ágio de 5% em relação ao preço de referência estabelecido pela companhia no lançamento da oferta, em 26 de julho, de R$ 7,85 por ação.

A venda de ações da Copel é uma das maiores ocorridas na B3 nos últimos anos, atrás apenas da BRF (R$ 5,3 bilhões), no mês passado, e da Rumo (R$ 6,4 bilhões), em agosto de 2020.

Ainda segundo o Estadão, a gestora norte-americana GQG se comprometeu a levar US$ 100 milhões das ações. A gestora americana Zimmer, que investe no setor de petróleo, energia e saneamento, também demonstrou interesse.

O Estado do Paraná, que antes detinha 69,7% do capital ordinário da empresa e 31% do total, agora possuirá cerca de 27% do capital com direito a voto e 15,6% do capital total.

OPOSIÇÃO

A Copel não se pronunciou oficialmente na noite desta terça-feira. Nomes da oposição ao governador Ratinho Junior criticaram a venda das ações. Por meio das redes sociais, o ex-governador Roberto Requião disse que “não foi pra isso que ele fez o ‘L’”, criticando a falta de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao apelo da base no Paraná, contrária à venda das ações.