O isolamento social inibiu nos consumidores os estímulos sensoriais que acontecem quando as buscas pelos produtos são feitas em lojas físicas. Grande parcela das compras passou a ser realizada em lojas virtuais e o trabalho remoto tirou o entusiasmo para a compra de vestuários mais elegantes, por exemplo, ao mesmo tempo que aquecia as vendas de produtos destinados à casa, indo de móveis a materiais de limpeza, na medida que as pessoas passaram a transformar o ambiente do lar também em um ambiente de trabalho.

Intenção de compras de vestimentas cresceu de forma moderada
Intenção de compras de vestimentas cresceu de forma moderada | Foto: iStock

Uma recente pesquisa realizada pela líder em inteligência geográfica no país, a Geofusion, identificou um aumento significativo no consumo das 8 maiores capitais em produtos ligados a higiene e cuidados pessoais, bijuterias e joias, e ao ramo de vestuário, após a crise sanitária e econômica que abalou os negócios durante a pandemia.

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São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Manaus viram a intenção de compras de vestimentas crescer de forma moderada, após o setor enfrentar um dos piores índices no ano passado, saltando de aproximadamente R$49,70 bilhões em 2020 para R$82,80 bilhões em 2021, um aumento de 67%.

O setor de joias e bijuterias, que apresentou queda quatro vezes menores que a do vestuário no mesmo período, teve um forte crescimento e uma recuperação acima de 50% em algumas cidades, crescendo de R$5,40 bilhões para R$8,10 bilhões. Já o consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais, que vem apresentando crescimento continuo mesmo com a pandemia, subiu 6% no momento mais crítico da crise, registrando 145,30 bilhões em 2021 contra R$122,60 bilhões no ano passado.

EM LONDRINA

Segundo o economista Marcos Rambalducci, o avanço da vacinação e a queda significativa de caso de contágio e óbitos, que levou ao relaxamento das medidas sanitárias, deixou os consumidores ansiosos para retornar às lojas: “Some-se a isso o fato de Londrina contar com um saldo positivo de mais de 8.100 postos de trabalho com carteira assinada, o apelo das festas natalinas, e uma campanha para levar as pessoas a sair de casa para ver o festival de luzes promovido pelo comercio e pela prefeitura, e temos um cenário típico para estimular o consumo de forma generalizada”, comentou.

Para o NuPEA, (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), a possibilidade de aumento no faturamento bruto do mercado varejista de Londrina está entre 14% e 17% em relação ao ano passado. Os setores que apresentarão maior recuperação econômica serão justamente os que foram mais afetados e não tinham condições de criar alternativas para atender a seu consumidor durante o isolamento. É o caso da Rede Hoteleira, dos bares e restaurantes, das agências de turismo e das escolas particulares, em especial àquelas voltadas à primeira infância.

*supervisão de Patrícia Maria Alves (editora)

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