CONSUMO - Inflação acelera e alimentação ainda pesa no bolso
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segunda-feira, 27 de agosto de 2012
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) acelerou em agosto ao variar 0,39% na média nacional contra 0,33% em julho. O IPCA-15 é a prévia da inflação oficial, o IPCA, divulgado semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa envolve 11 capitais e inclui Curitiba.
Em Curitiba, a inflação em agosto foi de 0,23% contra 0,51% em julho. Apesar da queda, o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cid Cordeiro, explicou que não é possível olhar para o indicador mensal como um balizador, mas sim o resultado do ano, no qual Curitiba acumula uma alta de 2,89% contra 3,32% do Brasil. O grande destaque do mês foram os aumentos em alimentação.
Em alimentos e bebidas, os itens que mais subiram foram tomate (48%), cenoura (17%), feijão (7,72%), filé-mignon (7,73%), cerveja (4,70%) e pão (4,69%). Segundo Cordeiro, os hortifrutigranjeiros subiram muito em função de questões climáticas. A carne teve aumentos provocados pela entressafra e pelos reajustes da soja e do milho, que refletem no preço da ração. Já o aumento do pão está ligado à oscilação dos preços internacionais.
O diretor do centro estadual de estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Daniel Nojima, lembrou que a alimentação já vinha pressionando a inflação em meses anteriores. Para ele, este aumento também está ligado à alimentação fora do domicílio que, em Curitiba, subiu 1,73%. Segundo Nojima, a alimentação fora de casa também responde por boa parcela da inflação.
● Segundo economistas, item é o que tem mais impacto no índice de inflação porque em média representa 22% do orçamento familiar
● Na segunda quadrissemana de agosto, o tomate também aparece como vilão, com alta de 53,2%
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