Concessionária do Aeroporto diz trabalhar para ampliar conectividade do Norte do PR
Após obras de ampliação e modernização do aeroporto de Londrina, cidade terá redução na oferta de voos
PUBLICAÇÃO
domingo, 06 de julho de 2025
Após obras de ampliação e modernização do aeroporto de Londrina, cidade terá redução na oferta de voos
Simoni Saris

A Motiva, ex-CCR, empresa que detém a concessão para administrar o Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, disse estar empenhada em ampliar a conectividade da Região Norte do Estado, com a atuação ativa na atração de novos voos e na recomposição de rotas.
O comunicado da empresa foi feito após a confirmação, pela Azul Linhas Aéreas, da suspensão de um dos dois únicos voos diretos diários no trecho entre Londrina e Curitiba.
A companhia de aviação é a única a ofertar voos sem escalas e conexões para a capital do Paraná e da capital para Londrina. Mas a partir do próximo dia 4 de agosto, os voos no período da manhã, nos dois sentidos, serão suspensos e os passageiros terão apenas a opção de voo direto à tarde. De Curitiba para Londrina, às 16h50, e de Londrina para Curitiba, às 18h20. Segundo a Azul, a decisão foi tomada com base na necessidade de fazer ajustes de mercado.
Em razão da medida da Azul, nesta semana o deputado estadual Tercilio Turini (PSD) aprovou requerimento na Assembleia Legislativa pedindo esclarecimentos a vários órgãos, como a Anac e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, e também às empresas aéreas que operam no aeroporto de Londrina.
Além de considerar um “desprestígio” para a segunda maior cidade do Estado, Turini lembrou dos investimentos realizados no terminal aeroportuário pela Prefeitura de Londrina e pelo governo estadual, que somam R$ 1 bilhão, e das obras de ampliação e modernização executadas e entregues no início deste ano pela empresa gestora do Aeroporto Governador José Richa.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou à reportagem que a abertura, assim como a extinção de rotas regulares, é uma decisão tomada no âmbito das empresas aéreas, conforme o princípio da liberdade de voar estabelecido pela lei de criação da agência reguladora. As empresas não precisam informar previamente nem pedir autorização à Anac quando quiserem implantar ou remover uma rota.
Dessa forma, explicou a Anac, a obrigação das companhias é apenas a de registrar as rotas estabelecidas no sistema SIROS do órgão regulador, onde são armazenadas as frequências previstas e concluídas na esfera do tráfego aéreo em território nacional.
A FOLHA procurou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, mas o órgão não emitiu nenhum posicionamento sobre a decisão da Azul que afeta diretamente a logística do Paraná.

