As empresas que estão fazendo a modelagem da venda têm a função de apresentar ao governador Jaime Lerner (PFL) formas alternativas para a privatização. A Copel é uma holding que reúne cinco empresas: Copel Geração, Copel Transmissão, Copel Distribuição, Copel Telecomunicações e Copel Participações. Em todas elas a holding possui 100% das ações.
A Copel Geração é responsável pelas usinas hidrelétricas que produzem energia no Estado. A Copel Transmissão faz a ligação das usinas produtoras às regiões de consumo. A Copel Distribuição faz a venda final da energia elétrica aos consumidores urbanos e rurais. A Copel Telecomunicações atua principalmente no setor de transmissão de dados via fibras ópticas. A Copel participações reúne as empresas em que a Copel divide as ações e a direção com outros sócios, que podem ser públicos ou privados. A Compagas, a Tradener e a Sercomtel, por exemplo, que têm participação acionária da Copel, estão ligadas à Copel Participações.
Se a modelagem sugerir a venda da holding ‘fechada’, todas as empresas ligadas à Copel serão leiloadas para um único consórcio. Se a indicação for pela venda separada das empresas, cada uma delas poderá ter um comprador diferente. Caso o governo opte pelo segundo caso, provavelmente ele venderá apenas algumas empresas da holding e continuará responsável por uma parte do sistema. Técnicos dizem que não faz sentido fracionar a Copel para vender todas as partes. Só se justifica o fracionamento se a intenção do Governo for manter o controle de alguns setores.
Em qualquer um dos casos, quem arrematar a Copel Participações estará comprando 51% das ações da Compagas e o direito de dirigir a empresa, além de outras. (E.C.)