Alguns comerciantes do centro de Londrina ouvidos pela reportagem consideraram “injusto” um novo fechamento uma vez que estão praticando todas as medidas de segurança estabelecidas pela Prefeitura de Londrina. Ao analisarem o movimento no calçadão, a avaliação, em linhas gerais, é que as principais aglomerações não vêm sendo ocasionadas pelas atividades do comércio, “mais pelos bancos”, dizem.

Imagem ilustrativa da imagem Comerciantes reclamam de insegurança jurídica

Gerente de uma loja do setor de vestuário, Antônio Verza Filho, 58, considerou que um novo fechamento atingiria em cheio as vendas de inverno, que já é “curto” em Londrina. “Se passar 60 dias não tem mais inverno, é um ‘tiro curto’, você vai ficar com uma mercadoria e vai guardar para o ano que vem com todas as contas para pagar, uma situação muito difícil”, avaliou.

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Ao todo, as cinco lojas do grupo empregam cerca de 150 funcionários e muitos já tiveram as férias adiantadas após a pandemia. Quem está trabalhando usa máscaras e oferece álcool em gel para todas os clientes, no entanto, sem registrar aglomerações, afirma o gerente.

Já na loja de eletrodomésticos em que trabalha o gerente Danilo Rodrigo Pereira, 33, uma das três filiais da rede em Londrina, a sensação é de estar “perdido”, define. Há oito anos no emprego, Pereira avalia que o momento é o mais “difícil”, porém, diz que com as medidas de distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel, é possível continuar atendendo em horário reduzido sem provocar aglomerações. “O comércio trabalha com tranquilidade neste sentido. Eu acho que o Poder Público deveria analisar esta situação. Realmente é o comércio que provoca essa situação?”, diz em alusão às filas que constatou do lado de fora das agências bancárias.