Imagem ilustrativa da imagem Comerciantes mantêm boas expectativas para o Dia das Mães
| Foto: Gustavo Carneiro

A menos de 20 dias da segunda melhor data para o comércio no ano, o Dia das Mães, lojistas paranaenses mantêm boas expectativas de venda. Com a retomada gradual das atividades após medidas de contenção ao novo coronavírus, os comerciantes se dizem ainda bastante preocupados em relação ao futuro, porém esperançosos.

As informações são da Datacenso, empresa contratada pela Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) para medir a expectativa dos empresários do comércio paranaense neste período de vendas aquecidas. A equipe de pesquisadores ouviu mil empresários das regiões de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa e Francisco Beltrão, entre os dias 3 e 7 de abril de 2021.

O Índice de Confiança do Comerciante, que avalia o estado de entusiasmo do lojista em relação à atual situação econômica do Brasil e à situação financeira dos clientes para os próximos seis meses, ficou em 125 pontos, numa escala de 0 a 200, o que demonstra mais da metade dos comerciantes estão confiantes na melhoria das vendas.

Em relação ao rumo da economia e o cenário de vendas para os próximos meses, a maioria dos entrevistados (54%) também se mostra preocupada, porém com expectativas de melhora.

A pesquisa Faciap mostra também que a maioria dos lojistas, em média 61%, afirma que a pandemia continua afetando a vida do comerciante, sendo que 63% tiveram que fechar sua loja para cumprir protocolos de saúde.

Nesse período, os comerciantes se viram obrigados a se adaptar à nova realidade e, inclusive, investir no seu negócio para amenizar essa queda nas vendas. Grande parte deles (63%) investiu na contratação de entregadores em sistema delivery, em comunicação e em vendas on-line.

“O momento é único em função da pandemia, de preocupação momentânea e otimismo com o futuro. Acreditamos que com o controle da pandemia, a economia vai retomar seu curso normal, com aumento da produção, de empregos e do consumo. Nossa maior preocupação no momento é com a vacinação, que precisa ser acelerada e para isso contamos com o apoio do poder público”, afirma o presidente da Faciap, Fernando Moraes.

A Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) ainda não tem um estudo com o panorama local, mas informou que deve divulgar no início de maio uma pesquisa com a intenção de compras com os consumidores da cidade.

PREOCUPAÇÃO

Em contraponto aos anseios dos comerciantes, especialistas em saúde pública demonstram preocupação em relação às flexibilizações e pedem cautela para que uma nova alta nas curvas de infecção da Covid-19 não aconteça.

Ao analisar a situação de São Paulo, o epidemiologista Paulo Lotufo, 64, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que seria melhor que a situação emergencial tivesse sido prolongada por mais um tempo e, a onda vermelha, até o Dia das Mães. “O comércio teria que se adaptar. Por que eu falo isso? Porque o Natal foi catastrófico e o temor é que o Dia das Mães seja algo semelhante”, alertou. (Com Folhapress)