O ano de 2021 não foi muito bom para o comércio paranaense e 2022 começou fraco em vendas, mas a partir de abril o varejo tem apresentado bons resultados, especialmente nas datas comemorativas, e parece ter ingressado em um período de recuperação. Os consumidores estão dispostos a gastar e os comerciantes estão otimistas. É o que aponta a pesquisa do Grupo Datacenso, realizada em pareceria entre a Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná) e a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), para o Dia dos Pais, comemorado em 14 de agosto.

Em Londrina, as expectativas dos lojistas superam as do Estado. A estimativa do comércio local é de um crescimento de 10% nas vendas em relação a mesma data no ano passado. Dois pontos percentuais acima da média geral computada no Paraná, que ficou em 8%.

Entre os consumidores, o estudo mostra uma inclinação maior para as compras, com um crescimento do tíquete médio, calculado em R$ 174,50 por presente no Paraná, alta de mais de 3% em relação ao ano passado, que ficou em R$ 168,69. Em Londrina, o valor do tíquete médio superou a média estadual e chegou a R$ 175,14, segundo a pesquisa. Um avanço de 14% sobre os R$ 153,45 registrados no ano passado, embora 14% dos consumidores londrinenses ouvidos tenham revelado a intenção de gastar menos do que em 2021.

A maioria, no entanto, deve gastar o mesmo valor e 20% pretendem aumentar o valor do presente para os pais. Apenas 6% disseram não ter presenteado no ano passado.

O presidente da Faciap, Fernando Moraes, comemora um dado da pesquisa que mostra que os consumidores, após um período de forte adesão às compras on-line por conta da pandemia, estão de volta às lojas físicas. Entre os entrevistados, 51% têm intenção de comprar os presentes em lojas de rua enquanto 37% vão recorrer ao e-commerce e 11% farão suas compras em shoppings.

“A pesquisa mostra que a compra on-line, que teve seu auge durante a pandemia, se normalizou e os consumidores voltaram a fazer compras nas lojas físicas. Este novo comportamento de compra mostra que existe aí uma oportunidade para os comerciantes investirem tanto na comunicação presencial quanto na digital, ou seja, precisam fazer uma comunicação híbrida”, disse Moraes.

Entre os itens a serem comprados em Londrina, o vestuário lidera com 49%, seguido de outros itens (17%), artigos esportivos (14%), eletrônicos (14%), almoço/jantar (11%), bebidas (11%), acessórios (9%), perfumes/cosméticos (6%), cesta de café da manhã (3%), livros (3%) e celulares/smartphones (3%).

“Nossa pesquisa indica que tanto os comerciantes quanto os consumidores estão otimistas com as compras para o Dia dos Pais. As pessoas estão de volta às ruas para movimentar nossa economia, gerando desenvolvimento e emprego. Esperamos que esta data, tão carinhosa, traga muitos benefícios para nossa cidade”, destacou a presidente da Acil, Marcia Manfrin.

Em Londrina, 90% dos comerciantes entrevistados se dizem esperançosos ou animados com a expectativa para o seu negócio nos próximos meses, enquanto 9% se dizem preocupados e 1% está desanimado. O Índice de Confiança do Comerciante paranaense para o Dia dos Pais ficou em 157 pontos, levando-se em conta uma escala de 0 a 200.

Para ajudar a alavancar as vendas do Dia dos Pais, a Acil informou que o comércio de rua de Londrina terá horário estendido na quinta (11) e na sexta-feira (12), funcionando das 9 até as 21 horas. No sábado (13), as lojas ficam abertas até as 18 horas.

EMPREGOS

Moraes destacou o fato de Londrina se sobressair na pesquisa ante outras cidades do Estado. “Londrina está despontando mais. A gente sente que está mais pujante, com mais obras em andamento, com mais dinheiro circulando. Por isso tem uma movimentação maior no comércio e a empolgação dos comerciantes é maior”, avaliou.

Parte dessa pujança pode ser explicada pelos índices de emprego. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), computados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e divulgados na quinta-feira (28), mostram que Londrina fechou o primeiro semestre de 2022 com um saldo positivo de 3.374 postos formais de trabalho. “O Estado todo vive o pleno emprego e muitas empresas estão com vagas abertas, mas não conseguem preenchê-las”, observou o presidente da Faciap.

Para a pesquisa, o Grupo Datacenso ouviu, em todo o Paraná, 500 comerciantes e 500 consumidores, totalizando mil entrevistas, realizadas entre os dias 20 e 24 de julho. A margem de erro é de 4% por público pesquisado.

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