Após um mês com as portas fechadas, o fim de semana foi de trabalho para alguns comerciantes que precisaram fazer os últimos ajustes nas lojas, lanchonetes e restaurantes antes da abertura do comercio de rua em horário reduzido a partir desta segunda-feira (20). Alguns optaram para fazer uma faxina geral, outros alguns reparos com eletricista, ou mobilizaram a família para arrumar manequins e preços na vitrine. Além da tarefa diária, empregados e empregadores do comércio de rua e prestadores de serviço terão que conviver com um novo protocolo fixado por decreto municipal, que inclui o horário reduzido de atendimento das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira. Vale lembrar que shoppings, lojas em galerias, academias e a rede de ensino pública e privada permanecem fechados, seguindo decreto estadual.

Imagem ilustrativa da imagem Comerciantes em Londrina se preparam para retomada das atividades

Com a retomada, funcionários e clientes terão obrigatoriamente que usar máscaras, preferencialmente de tecido. As empresas terão ainda que limitar número de trabalhadores por turno. Todo comércio ou prestador disponibilização de álcool em gel, na entrada no estabelecimento e em demais locais estratégicos e de fácil acesso.

A proprietária de uma loja de roupas na Rua João Cândido foi neste domingo organizar o estoque de roupas, os os manequins na vitrine, preços e promoções. Segundo ela, apesar do decreto só ter sido divulgado na sexta-feira à, (17) à noite as normas serão tranquilas de serem seguidas. "A gente já esperava o retorno agora. A expectativa é de um movimento maior principalmente nesta segunda que quase tudo volta e o centro provavelmente estará movimentado." disse Priscila Brito. Apesar dos tempos difíceis, no mês parado, ela diz que as cinco vendedoras ajudaram nas vendas por whatsApp. "Conseguimos fazer algumas vendas sim, mas agora precisamos deste retorno, e é claro cumprindo as normas para segurança de todos."

ALIMENTOS E BEBIDAS

Para Valter Barroso, dono de um restaurante e pastelaria, o domingo foi de religar os freezers, ajeitar a cozinha, e organizar o estoque. "Quando tínhamos a rotina era mais fácil de nos organizar, agora é retomada após um mês. Então, temos que repor as mercadorias perecíveis, limpar o espaço, e torcer para as coisas voltarem à normalidade aos poucos."

O segmento de alimentos e bebidas (lanchonetes, bares e restaurantes) também terá que seguir ainda mais regras. A principal é a limitação do número de clientes em, no máximo, 50% da capacidade total do estabelecimento e observar organização de mesas, com a distância de, no mínimo, dois metros entre elas. "São coisas importantes, que eu penso, tanto para nossa saúde, quanto para os clientes. E a gente vai procurar atender o que está sendo pedido. Temos bastante espaço, e acho que a metade das mesas será suficiente neste retorno, já que expectativa é de público um pouco menor." diz Barroso.

O decreto recomenda priorizar o sistema delivery ou de retirada no local mediante prévia encomenda e agendamento. Já os restaurantes deverão servir os produtos em porções individuais ou empratados, levados ao cliente à mesa. A utilização de espaços kids, playgrounds, salas de jogos/diversões ou quaisquer outros espaços similares estão

Além da máscara obrigatória a todos e as questões de higienização, os prestadores de serviço, como salões de beleza, por exemplo, deverão fazer atendimento individualizado, mediante a prévio agendamento e rigoroso controle de horário, observando intervalo de, no mínimo, dez minutos entre um cliente e outro.

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HIGIENIZAÇÃO

Há também uma série de exigências para segurança do trabalhador e clientes. Como a disponibilização e manutenção de sanitários com água e sabonete líquido, álcool em gel, toalhas descartáveis de papel não reciclado. Balcões, mesas, cadeiras, aparelhos de telefone, computadores, portas, maçanetas e, corrimãos devem ser higienizados com regularidade preferencialmente com álcool líquido em volume de 70%.

O controle de entrada de clientes precisará ser rigoroso. A limitação do acesso simultâneo deverá seguir a proporção de uma pessoa para cada quatro metros quadrados. É recomendável ainda o afastamento dos trabalhadores do grupo de risco e quem estiver com quadro gripal devem ser afastados imediatamente,.

SENSIBILIDADE

O presidente do Sindecolon (Sindicato dos Empregados do Comércio em Londrina), Manuel Teodoro da Silva, diz os empregados devem denunciar possíveis irregularidades ao sindicato, que deverá acionar o Ministério Público do Trabalho. "Da nossa parte, há sensibilidade para entender esse momento e tentar o diálogo. Mas, as empresas têm que estar cientes das responsabilidades delas". Segundo ele, o sindicato que representa os trabalhadores não foi chamado à mesa de negociação com a prefeitura para alinhar o novo protocolo definido por decreto municipal.