A Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), o Sebrae e a Macroplan realizaram, nesta terça-feira (15), uma apresentação sobre o andamento dos trabalhos de elaboração do projeto Ecossistema de Inovação Londrina e do Masterplan, estudo que deverá definir os rumos do município para os próximos 30 anos. Os estudos são custeados pela prefeitura e são realizados pelo Sebrae e outras instituições, em parceria com a sociedade civil organizada.

Imagem ilustrativa da imagem Codel faz balanço do andamento de planos estratégicos
| Foto: Vivian Honorato/N.Com

“É uma ação da prefeitura, mas é uma coisa que vai ficar como um legado para a cidade de Londrina. É uma reivindicação antiga da sociedade. É um estudo que vai delinear os caminhos que Londrina deve seguir para o seu desenvolvimento”, destacou o prefeito Marcelo Belinati.

Executivo da Macroplan, empresa contratada pela prefeitura para fazer o Masterplan, Rodrigo Souza enumerou as três etapas que compõem a elaboração do estudo. O primeiro é avaliar onde Londrina está em termos de desenvolvimento, reconhecendo os pontos positivos e apontando soluções para os problemas existentes nas mais diversas áreas. Em seguida, definir onde se quer chegar e, por último, definir as ações para alcançar os objetivos. “Já estamos trabalhando há um mês, comparando dados quantitativos e qualitativos de Londrina com outras cidades do Estado e do País.

A empresa tem 18 meses para concluir o trabalho e Souza aposta na articulação de forças para garantir que o plano seja seguido pelo atual e pelos próximos gestores do município. “O Masterplan é o plano dos planos. Vai dizer quais os caminhos a seguir, apontando não somente as vocações econômicas de Londrina, mas as ações necessárias nos mais diferentes setores, como meio ambiente, mobilidade urbana, saúde, segurança pública e educação”, disse Souza.

O presidente da Codel, Bruno Ubiratan, lembrou que grandes cidades do mundo fizeram o planejamento estratégico e hoje colhem os frutos, mas ressaltou que o plano só traz resultados com o envolvimento de toda a população. “Temos que chamar toda a sociedade civil organizada, o Fórum Desenvolve Londrina e o Núcleo Empresarial para participarem nesse projeto conosco.”

Ubiratan adiantou que as obras do Tecnocentro estão na “reta final” e devem ser concluídas no primeiro trimestre de 2021 e que no primeiro semestre o local deverá estar apto a receber a empresa que irá gerir o projeto, possivelmente pelo modelo de PPP (Parceria Público-Privada). Localizado em uma área de três mil metros quadrados no Parque Tecnológico de Londrina Francisco Sciarra, o Tecnocentro demandou um investimento de R$ 5 milhões e prevê laboratório de análise de alimentos, módulos para instalação de empresas, além de auditório e outras instalações.

Paralelamente às obras de execução da estrutura que irá abrigar o Tecnocentro, o Sebrae desenvolveu o Planejamento Ecossistema de Inovação Londrina. “Já tem um projeto pensado e materializado de como ocupar o prédio de forma estratégica. Existe um modelo conceitual utilizado para isso, um plano econômico-financeiro para viabilizar a entrada de empresas”, disse o gerente regional Norte do Sebrae/PR, Fabrício Pires Bianchi.

O Planejamento Ecossistema de Inovação teve como base a análise da vocação e potencial do município e o levantamento de oportunidades e tendências de mercado. O documento traça ações de médio e longo prazo para fomentar o desenvolvimento local com projetos inovadores em áreas como agronegócio, saúde e tecnologia da informação. “Oito governanças do ecossistema de inovação se estruturaram e vão fazer esse trabalho modelado que auxiliar nesse processo”, explicou Bianchi. A governança foi planejada pelos próximos dois anos. “O que a gente imagina com esse trabalho é que Londrina possa avançar e ocupar os principais rankings da inovação e do empreendedorismo.”