Definidas as primeiras medidas para evitar a proliferação da pandemia do coronavírus em Londrina, a rotina começa a ser alterada em clubes e empresas de evento. De forma geral, as medidas respondem às indicações que as autoridades em todo o mundo vêm tomando como forma de contenção. Os clubes da cidade já começaram a agir. No Londrina Country Club, as atividades esportivas próprias como natação, sauna e futsal serão suspensas na sexta-feira (20), já as aulas oferecidas por terceirizadas também foram recomendas a ser paradas. Os eventos privados que estavam agendados até abril estão sendo reagendados. Segundo a instituição, a preocupação é atender às determinações da prefeitura e do governo do Paraná.

A AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) de Londrina estuda as primeiras medidas, mas demonstra preocupação com o impacto da paralisação das atividades nas finanças da instituição. A administração cobra um olhar mais sensível por parte da prefeitura. “Poderiam nos ajudar adiando o vencimento do IPTU nos meses em que as medidas restritivas estiverem vigentes. Vamos ter uma perda de receita considerável, nossa parcela mensal somente de IPTU gira em torno de R$ 15 mil. Não vai ser fácil ajustarmos o orçamento à nova realidade”, afirma o presidente administrativo, Edemilson Ribeiro. Na AREL (Associação Recreativa Esportiva Londrinense), as modalidades esportivas também funcionarão até sexta-feira (20). Os demais eventos foram suspensos até inicialmente por 30 dias. Já o Iate Clube Londrina paralisou as atividades a partir dessa terça-feira (17) e os eventos foram remarcados para a partir de junho.

No setor de eventos, as mudanças estão acontecendo dia a dia. Mas, basicamente, todos os contratantes estão remarcando ou cancelando. Desde lançamentos imobiliários, a abertura de um complexo comercial, passando pelos casamentos, festas e formaturas, a paralisação é generalizada. Uma das principais casas da cidade, a Vila Planalto, tem analisado caso a caso com cautela. “Basicamente, estamos atendendo a todos os nossos clientes sem nenhum prejuízo. É preciso entender que vivemos um momento único e delicado. Para que tudo funcione, depende da ação da solidariedade de todos”, comenta o sócio proprietário Ronaldo Chineze. A casa que tem maior movimento no mês de setembro mudou a rotina dos funcionários e já teve cinco eventos cancelados e outros 15 adiados para datas a partir de agosto. O primeiro agendado a partir de agora é para o dia 30 de abril, mas depende de como a crise se comportará.

ADAPTAÇÃO

Além dos cancelamentos e adiamentos, há ainda empresas que se adaptam às dificuldades impostas pela Covid-19 para não encerrar as atividades planejadas. Uma indústria de alimentos para animais domésticos já havia acertado todos os detalhes para receber convidados para falar do lançamento de produtos em um hotel em Foz do Iguaçu, em abril. O evento ofereceria passeios, shows e interação interpessoal. A decisão da empresa foi transferir os congressistas para um estúdio de TV em Londrina, de onde serão transmitidas as apresentações para os representantes espalhados em diversas cidades. “A nossa preocupação é que todos os participantes tenham a internet capaz de acompanhar, mas poderá haver troca de mensagens e as dúvidas serão respondidas em tempo real. Acabou que o custo do evento foi reduzido a um quinto do orçamento inicial e pôde nos dar novo panorama de trabalho”, comentou Patrícia Hemerly, executiva de contas da Egg Comunicação Criativa, uma das empresas responsáveis pela produção.