Até a véspera do Natal (dia 24), há chuvas previstas todos os dias em Londrina, de acordo com o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná). E o comércio da cidade depende, na maioria das vezes, de um tempo bom para receber clientes e alavancar as vendas.

Calçadão de Londrina
Calçadão de Londrina | Foto: Gustavo Carneiro

No centro da cidade, a chuva pode acabar despistando as pessoas e diminuindo vendas nas lojas. Eventos e espetáculos com temática de fim de ano acabam perdendo movimento devido à exposição à chuva. Nessas circunstâncias, as pessoas costumam optar por ficar em casa.

De acordo com Fernando Moraes presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), a chuva com certeza diminui o movimento e dificulta as vendas. "Este final de ano está recheado de eventos e diversas apresentações ao ar livre. Com essa chuva, acaba indo menos gente nos espetáculos e consequentemente as vendas diminuem no centro da cidade. Normalmente, em todo final de ano, aumenta a intensidade de chuva, mas não esperávamos que neste ano aumentaria tanto assim.”

No entanto, ele diz ainda ter esperanças de bons dias de vendas até o Natal. “O ‘boom’ nas vendas de fim de ano começa a partir do dia 20 de dezembro. Estávamos tendo um ótimo ritmo de vendas, por isso estamos torcendo para que diminua o fluxo de chuva a partir deste dia."

Para Moraes, a chuva pode prejudicar o movimento também nos shoppings. "Acho que não tem diferença, com a chuva todos os ambientes perdem movimento, as pessoas nesse tempo evitam sair de casa, seja para ir ao centro da cidade ou ao shopping, sendo assim, se esse tempo continuar vai ser ruim para qualquer local comercial", explica Moraes.

Segundo Felipe Francisquine, gerente de uma loja de colchões no Calçadão, quando chove, a pessoa evita passear e pesquisar preços pela cidade, vai direto à loja comprar. "Com certeza, quando a temperatura cai o movimento diminui, mas não significa que a probabilidade de vendas vai ser menor, vai muito de momento", afirma.

Dono de lojas de calçados e de confecções, Ali Rachid Zebian afirma que as vendas diminuíram mais de 60%. "Por conta da chuva, as pessoas saem menos de casa e consequentemente nossas vendas diminuem. Estamos abrindo até as 22h. Os eventos de fim de ano que estão acontecendo no centro da cidade agregam mais pessoas. Porém, mesmo à noite, acabamos tendo menos movimento do que na parte do dia", explica Zebian.

*Sob supervisão de Celso Felizardo, editor de Economia