Imagem ilustrativa da imagem Chuva no Norte do Paraná beneficia cultura de trigo
| Foto: Gustavo Carneiro

A chuva que molhou as terras do Norte do Paraná nesta segunda-feira (7) serviu não só para elevar a umidade do ar, trazendo alívio para quem sofre de problemas respiratórios, como também deve favorecer a agricultura, especialmente a cultura do trigo, que está na fase de germinação e desenvolvimento da planta.

A precipitação registrada pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural) entre a noite de domingo e a manhã desta segunda foi de 20,2 milímetros e a previsão é de continuidade do tempo instável até a manhã de quinta-feira (10). A média histórica para o mês é de 94,5 milímetros.

O Paraná vem sofrendo com estiagens prolongadas. Em abril, não houve registros de chuvas no Norte. Em maio, até o dia 22, havia chovido 45 milímetros nessa região do Estado, mas com as precipitações no final do mês, dias 30 e 31, o acumulado chegou a 143 milímetros, superando os 116 milímetros da série histórica.

Os efeitos da seca já prejudicaram a cultura do feijão e do milho e as áreas de pastagem do Paraná. , cuja produção, até o final do mês passado, havia reduzido em 30% em relação à estimativa inicial. No início da safra, a previsão era de colheita de 14,7 milhões de toneladas do grão, mas a estimativa foi reduzida para 10,2 milhões de toneladas. A última projeção é de 26 de maio.

Além da seca, segundo o Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a safra do milho foi prejudica ainda por geadas pontuais, chuvas de granizo e vendavais registrados em maio. “Qualquer precipitação nesse momento é bem-vinda para o abastecimento humano, para as pastagens, para a criação de animais e a vegetação. Mas o que foi perdido por falta de chuva, não se recupera mais. As perdas na produção de milho ainda vão aumentar”, prevê o chefe do Deral, Salatiel Turra.

O plantio de feijão registra perdas ainda maiores em razão do deficit hídrico. Inicialmente, a projeção era de que as lavouras paranaenses produzissem 500 mil toneladas da leguminosa, mas a expectativa foi reduzida para 309 mil toneladas, uma queda de 38% na produção.

Segundo o Deral, o Paraná está com 71% da área plantada de trigo e a chuva, nesse momento, beneficia o plantio do cereal, em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Até as geadas pontuais que atingiram algumas áreas do Estado recentemente também devem ajudar a alavancar a produção, já que a cultura é favorecida por temperaturas mais baixas, que auxiliam a formação de cachos e grãos.

CLIMA

Historicamente, junho, julho e agosto são os meses mais secos do ano. A média histórica de chuvas para junho é de 94,5 milímetros, em julho, 71 milímetros e, em agosto, 54 milímetros. Os 20,2 milímetros de precipitação registrados entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira, correspondem a 21% da média do mês, mas o volume deve aumentar ao longo desta semana.

A agrometeorologista Heverly Moreira, do IDR-Paraná, informou que há previsão de mais chuvas entre terça e quinta-feira. “Não estamos esperando chuva forte. Vai ser uma chuva fraca, mas constante.”

A partir da tarde de quinta, a instabilidade climática deve diminuir e, no final de semana, a temperatura deve baixar, mas sem previsão de geada, com mínimas entre 9 e 10 graus.

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