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Economia 5m de leitura

China vai inspecionar cinco frigoríficos do Paraná para habilitação

Unidade de Joaquim Távora é uma das plantas industriais que serão avaliadas nos próximos dias para liberar exportação

ATUALIZAÇÃO
10 de janeiro de 2024

Reportagem local
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Imagem ilustrativa da imagem China vai inspecionar cinco frigoríficos do Paraná para habilitação

Vinte e nove frigoríficos brasileiros, cinco deles no Paraná, vão passar por inspeção chinesa nos próximos dias e poderão entrar na lista de unidades aptas a exportar carnes para o país asiático. A auditoria será feita pela Administração-Geral de Alfândegas da China a partir da próxima segunda-feira (25) em plantas de carne bovina, suína e de aves.

Os cinco frigoríficos do Paraná são todos de aves. São eles: Frangos Pioneiro, de Joaquim Távora (Norte Pioneiro); Seara Alimentos, de Santo Inácio (Norte Central); Cotriguaçu, de Cascavel (Oeste); além de Avenorte, de Cianorte; e Levo Alimentos, de Umuarama (ambos no Noroeste).

De acordo com o deputado federal Zeca Dirceu, líder da bancada do PT na Câmara Federal e que integra a comissão de articulação para habilitar os frigoríficos brasileiros para exportação, a vistoria desta vez se dará de forma virtual, por meio de plataforma remota, com recursos da tecnologia da informação. “O objetivo é avançar na parceria comercial, possibilitando o incremento das exportações dos produtos paranaenses”, pontua.

Dos 29 frigoríficos brasileiros vistoriados nos próximos dias, oito produzem aves, 20, carne bovina. Na lista há ainda uma unidade de suínos, pertencente à Seara de Itajaí (SC), que também abate aves na cidade. “Essa demonstração de interesse dos chineses é mais um passo no sentido de aumentar a exportação de carnes brasileiras para esse importante, atrativo e exigente mercado consumidor que é a China”, ressalta.

De acordo com o Globo Rural, o Brasil tem 79 frigoríficos de carnes bovina, suína e de aves no aguardo por habilitação. Segundo o site, são plantas que já apresentaram os requisitos necessários para acessar o mercado chinês ao governo brasileiro e foram incluídas no sistema de comunicação entre Brasília e Pequim. A decisão, a partir daí, cabe exclusivamente aos chineses.

Até junho do ano passado, o Brasil havia exportado mais de 1,1 milhão de toneladas de proteína (carnes de boi, de frango e de suínos) à China. A previsão do governo federal é que este número triplique com a confirmação das novas habilitações. “Os frigoríficos paranaenses estão em conformidade com as normas, padronizações e inovação de processos na indústria alimentícia mundial. Tenho plena confiança de que atendam também aos critérios estabelecidos pelos chineses para a compra dos nossos produtos. Por isso, acompanhamos com toda atenção cada etapa vencida para concretizar esses acordos comerciais e prontamente ampliar as exportações de produtos do Paraná para a China”, observou Zeca Dirceu.

O frigorífico Astra, de Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná, foi a primeira planta paranaense autorizada a vender carne bovina para a China, o que se deu ainda no início do ano passado, e uma das primeiras habilitadas nessa retomada de boas relações. O Astra é autorizado a vender também para a Indonésia. Em 2024, Brasil e China vão comemorar 50 anos de relações diplomáticas, iniciadas em 1974. O país é, desde 2009 também, o maior parceiro comercial do Brasil, com volume de transações da ordem de US$ 150,5 bilhões em 2022.

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