Levantamento realizado nos dias 27 e 28 de fevereiro em 11 redes de supermercados de Londrina apontou que o valor médio da cesta básica para um pessoa na cidade foi de R$ 602,59, registrando uma leve alta de 0,4% em relação ao mês anterior, quando custava R$ 599,99.

O estudo conduzido pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), em parceria com a UEL (Universidade Estadual de Londrina), considera os preços mais baixos encontrados para os 13 produtos que compõem a cesta, sem distinção de marcas.

Entre os produtos pesquisados, cinco apresentaram aumento em relação ao mês anterior. A batata, que ficou 20,5% mais cara, foi o item com o maior avanço, seguida pelo tomate e açúcar (17%), e café e leite (11%). O calor tem impactado o preço dos hortifrutis mais sensíveis às variações climáticas.

O pão manteve-se estável, enquanto banana (-13,9%), feijão (-7,2%), margarina (-6,2%), arroz (-5,7%), óleo de soja (-5,6%), e farinha de trigo (-2,1%) registraram redução de preços.

A carne, que representa 43,6% do custo total da cesta, teve queda de 3,5%. O preço médio do quilo foi de R$ 39,85, abaixo dos R$ 41,30 registrados no levantamento anterior. O menor valor encontrado foi de R$ 29,90 e o maior, de R$ 48,90.

Na comparação com fevereiro de 2024, a cesta básica em Londrina teve alta de 5,43%, passando de R$ 571,54 para R$ 602,59. Para uma família de dois adultos e duas crianças, o custo mensal da cesta foi calculado em R$ 1.807,76.

Se o consumidor adquirisse os itens com menor preço em cada supermercado, o custo total da cesta seria de R$ 442,34, uma economia de 26,6% em relação à média. Já no supermercado com os menores preços gerais, a cesta custaria R$ 533,66, 11,4% abaixo da média. No estabelecimento mais caro, o valor chegaria a R$ 676,91, ou 12,3% acima da média.

GOVERNO

Baixar o preço dos alimentos é um dos principais desafios do governo Lula. Para isso, o governo avalia a possibilidade de zerar o imposto de importação do trigo, como forma de baratear a entrada do insumo no país e, assim, reduzir a alta no preço dos alimentos. A ideia é que, ao retirar o imposto de 9% pago para trazer o cereal para o país, haja uma queda nos preços para o consumidor. O tema é considerado a maior preocupação do governo.

O mesmo movimento é analisado para zerar a alíquota de 9% que recai sobre o óleo comestível, incluindo produtos como óleo de soja, girassol, milho e canola, entre outros.

A reportagem conversou com fontes dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Desenvolvimento Agrário. Todas confirmaram que a medida é uma das possibilidades que estão em debate e que poderia ser adotada em breve. O martelo ainda não foi batido, porém, porque há alas que não veem um efeito prático nos preços.(Com Folhapress)