Imagem ilustrativa da imagem Cesta básica em Londrina sofre redução de 4,98%

O valor da cesta básica calculada pela média de 11 supermercados apresentou queda em relação ao mês anterior em 4,98%, fechando a R$ 521,69 contra R$ 549,03 em outubro, segundo o relatório do Nupea (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas) do LEE (Laboratório de Estudos Econômicos) da UTFPR-LD (Universidade Federal Tecnológica do Paraná- Câmpus Londrina). A pesquisadora responsável foi Mariana Cardoso, sob coordenação do professor Dr. Marcos J. G. Rambalducci, da UTFPR.

Segundo Rambalducci, a queda no preço médio da cesta básica na comparação com o mês anterior de quase 5% é bastante significativa. “Mas é preciso ter muito cuidado pois também é bastante enganosa. Veja que apenas três produtos apresentaram recuo nos preços. Ocorre que este recuo foi percentualmente muito elevado e isso acabou repercutindo no preço final que é calculado a partir das médias de preços.”

Ele apontou que um olhar mais atento mostra que outros sete produtos continuaram sua escala de alta. “Mas como o percentual desta alta foi bem menos acentuado, o impacto da redução dos três produtos que tiveram redução nos preços levou a um percentual de queda da magnitude verificada. Os três produtos que apresentaram esta queda acentuada, são de origem agrícola (Tomate -40,7%, batata -22,7% e banana - 2,9%). Estes produtos são absolutamente suscetíveis a qualquer variação climática e pluviométrica. Como tivemos normalidade absoluta nestas três últimas semanas, a oferta nas gôndolas voltou a ser grande, derrubando estes preços.”

A diferença do valor da cesta básica no supermercado mais barato em relação à média foi de -15,1 % (R$ 442,72) e do supermercado mais caro foi de +16,1% (R$ 605,70). E considerando o menor preço de cada item, essa diferença chegou a -23% (R$ 401,21).

“A pesquisa de preços é fundamental para aqueles que precisam abrir mão do conforto da proximidade pela necessidade da economia. Cada supermercado atende a um público específico e, dentro desta particularidade, aplica sua política de preços. Isso não é pecado, mas o consumidor precisa ficar atento, pois luxo e comodidade também tem seu preço. Muitas vezes vale a pena abrir mão deles para fazer seu dinheiro render mais.”, ressaltou.

Uma das formas de pesquisar os preços é o uso do site https://menorpreco.notaparana.pr.gov.br/index. "Qualquer forma de pesquisa é válida. Eu gosto muito de utilizar o preço dos supermercados que possuem delivery (entrega em domicílio). É uma ótima referência.", afirmou.

Sobre o período de festas que se aproxima, ele destacou que em geral temos a elevação de preços de alguns produtos de consumo específico desta época. A carne, por exemplo, teve alta de 3,3%. “É o caso de alguns cortes de carne vermelha e de carne branca que tendem a ter seus preços majorados. Mas há produtos que, em virtude de serem sazonais para este período, acabam tendo seus preços reduzidos, como o caso da uva de mesa, e pêssegos, por exemplo. Mas a grande influência na alta de preços será o câmbio. Com o real desvalorizado, azeite, bacalhau, alguns tipos de castanha, vinhos e outros produtos de origem importada certamente terão seus preços majorados.”

Com a escalada de aumentos do preço da carne, a reportagem perguntou se a saída nas festas de fim de ano seria a substituição de itens como a carne por outros que tiveram redução no valor e ele ressaltou que, se servir de consolo, os produtos que tiveram maior redução são de origem agrícola e são alimentos muito mais naturais. “Nosso organismo agradece e de quebra deixamos de consumir um produto responsável pela maioria da emissão dos gases estufa.”

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