SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A central sindicial CSP-Conlutas apresentou uma ação civil pública na quinta-feira (21) em que pede a decretação de um "lockdown", o bloqueio total as atividas econômicas, na região metropolitana de São Paulo, como meio de conter a propagação do novo coronavírus.

A Conlutas pede que a Justiça determine ao Estado de São Paulo a restrição de todas as atividades econômicas que estejam fora da cadeia de serviços essenciais como saúde, segurança, rede alimentar, transporte público, imprensa e judiciário.

No pedido, afirma que as medidas aplicadas pelo governo do estado são insuficientes para conter o avanço da pandemia de Covid-19.

"Os números na capital e região metropolitana são preocupantes e comprovam que o isolamento parcial não é suficiente para impedir a escalada da contaminação. O lockdown para é medida urgente para garantir a vida nos termos e competências constitucionais", afirma, em nota, Altino Prazeres, dirigente da CSP-Conlutas em São Paulo.

Na última quarta (20), o governador João Doria (PSDB) voltou a falar na possibilide de decretar uma quarentena mais severa caso os índices de isolamento continuem em queda.

Na ação apresentada pela CSP-Conlutas, os sindicalistas afirmam haver urgência na definição de medidas mais restrititvas. Pedem também que o governo paulista seja "compelido a implantar políticas públicas de proteção às micro e equenas empresas para manutenção de empregos e renda".

Nesta semana, o governo e a prefeitura da capital articularam um megaferiadão de 6 dias que começou na quarta-feira (20) e deve terminar na segunda-feira (25). O objetivo é diminuir a circulação de pessoas para desacelerar o contágio por coronavírus.