Agência Folha
De Brasília
A nova cédula de plástico de R$ 10 entra em circulação na próxima segunda-feira. A cédula é comemorativa aos 500 anos do Descobrimento do Brasil, mas funcionará como um teste para a futura troca de todas as notas atuais, que são de papel.
O Banco Central informou ontem que toda a rede bancária estará apta a trocar as notas de papel por notas de plástico para quem quiser conhecer a nova cédula. Mas as notas de papel de R$ 10 continuarão valendo normalmente e não precisam ser trocadas. Segundo o BC, o teste com as novas notas poderá durar até 2004.
Serão emitidas 250 milhões de cédulas de R$ 10, metade este ano e metade no ano que vem. A nota é azul e laranja e tem desenhos alusivos ao descobrimento do Brasil (o navegante português que descobriu o Brasil, Pedro Álvares Cabral, e as naus da expedição) em um dos lados e fisionomias representativas da população brasileira do outro.
O lançamento da cédula de plástico veio acompanhado de uma verdadeira guerra de informações entre a empresa nacional que produz o papel utilizado atualmente – controlada pela francesa Arjo Wiggins – e a empresa belgo-australiana que produz o plástico, a Securency.
Os defensores do papel dizem que a cédula de plástico não é mais segura que a tradicional e que a sua maior durabilidade ainda não está comprovada. A nota de plástico custa duas vezes mais.
O BC diz que a nota de plástico dura quatro vezes mais que a de papel e se baseia em informações do Banco da Reserva da Austrália, que é um dos sócios da Securency, para afirmar que o volume de falsificações da nota é ‘‘inexpressivo’’. A Austrália e a Nova Zelândia só utilizam notas de plástico.