A economia criativa encontra ambiente favorável para avançar em Londrina e contribuir para o desenvolvimento da cidade. Por isso, foi o tema do Fórum Desenvolve Londrina em 2018. O assunto surgiu de dois indicadores de desenvolvimento da cidade referentes a 2017: o número de eventos nacionais e internacionais captados pelo município e a quantidade de recursos repassados ao Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura).

"Percebemos que mais eventos estavam acontecendo, mais recursos estavam vindo à cultura e aliamos a isso a economia criativa como forma de desenvolvimento sustentável da cidade", disse Claudia Romariz, presidente do Fórum.

Nesta quinta-feira (13), o movimento lançou o 13º Manual de Indicadores de Desenvolvimento de Londrina 2018, com mais de 60 indicadores, e a VII Pesquisa de Percepção da População sobre a Cidade de Londrina. O material também servirá de subsídio para definir o tema de 2019 do Fórum, que todos os anos seleciona e estuda uma questão relacionada ao desenvolvimento da cidade.

Segundo a pesquisa de percepção, 85% dos londrinenses desconhecem a economia criativa. Um dos objetivos do Fórum esse ano, conforme explica Romariz, é justamente trazer esse conceito para mais perto da população. "Fazer que as pessoas entendam que isso faz parte de uma economia. Que se pode gerar valor, renda e negócios com base na criatividade. A divulgação do estudo vai contribuir para a percepção das pessoas sobre economia criativa", opina.

Em março de 2019, será lançado o Caderno de Estudo sobre a Economia Criativa, desenvolvido com base nas discussões feitas sobre o tema ao longo de 2018. O material trará propostas de soluções para problemas ligados ao assunto.

Para o Fórum, Londrina tem todas as condições para que a economia criativa se desenvolva. "Temos gastronomia, gestores culturais, grandes eventos, Secretaria de Cultura atuante, tecnologia. Tudo isso junto vai possibilitar que a economia criativa possa se desenvolver. Londrina tem uma condição diferenciada para ter um boom na área de economia criativa, o que precisa é uma articulação entre os atores e uma visão mais empreendedora", comenta Leandro Magalhães, professor da UniFil.

De acordo com Magalhães, economia criativa é um ramo da economia que está vinculado à produção cultural. "Mas voltado para o prospecto econômico, para o empreendedorismo, para a geração de riquezas. A economia criativa possibilita o desenvolvimento sustentável da sociedade", alega.

Romariz observa que a economia criativa é uma tendência mundial. "Temos que fazer com que as empresas também olhem para isso, comecem a apostar mais na economia criativa, que tem uma geração de valor importante para o desenvolvimento da cidade."

OPORTUNIDADE

Para José Nicolás Mejía, superintendente do Grupo Folha, existe uma grande oportunidade de a economia criativa de Londrina se desenvolver nas áreas de publicidade, cultura e eventos. "Não se investe em publicidade em Londrina tanto quanto em outras cidades como Maringá e Joinville", afirma.

Para que o desenvolvimento da economia criativa aconteça, na visão do superintendente, é preciso um trabalho conjunto das entidades e empresas. "Espero que o caderno (do Fórum Desenvolve Londrina) possa ajudar as entidades a fazerem um melhor planejamento."

O Grupo Folha é integrante e patrocinador do Fórum Desenvolve Londrina e Mejía é um de seus membros.