O aumento dos postos de trabalho com carteira assinada em Londrina, que resultou no saldo positivo de 3.374 empregos formais criados no primeiro semestre do ano, influenciou diretamente na reorganização da vida financeira dos consumidores, que estão conseguindo sair da lista do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito). Dados do indicador do SPC da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) referentes ao mês de julho divulgados nesta segunda-feira (8) mostram redução no número de londrinenses que entraram para o cadastro de inadimplentes. A retração foi de 13% na comparação com julho de 2021.

Imagem ilustrativa da imagem Cai percentual de londrinenses na lista do SPC em julho
| Foto: iStock

Embora a quantidade de consumidores negativados tenha aumentado 14,7% ante igual mês do ano passado e o número de pessoas que conseguiram “limpar” o nome tenha caído 4%, o consultor econômico da Acil, Marcos Rambalducci, ressaltou que considerando o acumulado do ano, o contingente de clientes que conseguiram deixar o cadastro de negativados está 12,8% maior que no mesmo período de 2021.

“Analisando estes dois resultados do mês de julho - consumidores que foram negativados e consumidores que conseguiram limpar o nome -, o saldo é positivo, pois houve redução na base de consumidores com restrições cadastrais, sendo o segundo melhor resultado do ano. Esse é um bom sinal para o comércio, que vive a expectativa das vendas do Dia dos Pais”, disse Rambalducci.

Especialmente para o varejista local, destacou o economista, interessa saber se a base de clientes com condições de comprar a crédito aumentou ou diminuiu. “Esta base diminui quando mais clientes são negativados ou quando menos clientes conseguem limpar o nome.” Em julho deste ano, os números apontam que esta base cresceu porque menos pessoas tiveram seus nomes incluídos no cadastro de devedores em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Apesar de menos pessoas terem sido capazes de quitar seus débitos e sair da lista de inadimplentes, Rambalducci salientou que o percentual de negativados, que apontou redução de 13%, é muito mais significativo do que a diminuição de apenas 4% no grupo que conseguiu sair do cadastro do SPC e, por isso, o saldo é positivo. “Quando analisados os primeiros sete meses do ano, os números apontam que o crescimento percentual dos consumidores que conseguiram limpar o nome é maior que o crescimento do percentual dos que foram incluídos no cadastro de inadimplentes – 40% contra 30%”, reforçou o economista. “Estes percentuais mostram uma tendência a aumentar a quantidade de consumidores com condições de tomar crédito.”

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