Londrina teve saldo positivo de 207 postos de empregos formais em setembro. Os dados são do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foram 8.090 contratações e 7.883 demissões no período.

Apesar de positivo, o saldo ficou bem abaixo dos 1.146 vagas registradas em agosto. Porém, no acumulado do ano, Londrina se destaca com estoque de quase 7 mil vagas, o segundo melhor desempenho do Estado, atrás apenas de Curitiba.

As cinco maiores cidades da RML (Região Metropolitana de Londrina) fecharam o mês de setembro com saldo positivo de 753 contratações formais, um pouco abaixo dos 1.190 empregos formais registrados em agosto, indica o Nupea (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), do campus de Londrina da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Os dados foram compilados com base no Caged referentes a Londrina, Cambé, Ibiporã, Rolândia e Arapongas.

Na região, Arapongas teve o melhor desempenho em setembro, com 355 novos postos de trabalho criados – a maioria deles, 210, somente na indústria, setor produtivo de grande importância pela geração de riquezas. Em Londrina, a indústria abriu 120 vagas e a construção civil, 275 – por outro lado, os setores de serviços e comércio registraram mais demissões que admissões, em saldos negativos de, respectivamente, -166 e -59.

Nos outros três municípios, o resultado foi de 111 novos postos de trabalho em Rolândia, 79 em Ibiporã e 1 em Cambé.

Coordenador do Nupea, o economista Marcos Rambalducci afirma que a redução do número de postos de trabalho em setembro já era esperado devido ao ajuste em relação ao volume “robusto” de agosto. “Sempre que tem um número muito alto, é esperado um ajuste no mês seguinte, principalmente quando se concentra em apenas um setor. Em agosto, somente o segmento de serviços teve saldo de 909 postos de trabalho abertos”, recorda.

Ele também ressalta a importância das ofertas de trabalho feitas pela indústria (385) e pela construção civil (336) nos cinco municípios. “A indústria traz ‘dinheiro novo’ para dentro da cidade, enquanto a construção civil tem alto potencial de fazer o dinheiro circular pela indústria e pelo comércio”, explica.

O economista também ressalta que Arapongas tem indústria moveleira e frigoríficos muito fortes, mas que Rolândia terá um grande incremento com o anúncio da nova planta da JBS, que deve atrair trabalhadores das duas cidades e de Cambé.

Quando levados em consideração os nove primeiros meses de 2023, os cinco municípios tiveram um balanço de 120.564 contratações e 110.269 desligamentos, resultando em um saldo de 10.295 novos postos de trabalho.

De acordo com Rambalducci, o balanço mostra que houve uma recuperação significativa neste ano, principalmente no setor de serviços, que foi o mais afetado nos anos da pandemia de Covid-19, mas que já se recuperou das perdas, co um número de trabalhadores maior do que a época pré-crise sanitária.

Para o fim do ano, o economista espera que a geração de empregos permaneça positiva, principalmente porque as indústrias já começam a se preparar para as datas comerciais do fim do ano – o Natal e a Black Friday, cada vez mais incorporada pelos brasileiros – e o comércio deve iniciar as contratações temporárias para o período natalino.

PARANÁ

O Paraná gerou 100.283 empregos com carteira assinada de janeiro a setembro de 2023, o que representa o primeiro melhor saldo de postos de trabalho na região Sul e o quarto em todo o país. O saldo é a diferença entre admissões (1.376.960) e demissões (1.276.677). Desde o início do ano, o Paraná se mantém entre os primeiros no ranking nacional, perdendo apenas para os estados mais populosos como São Paulo (433.962), Minas Gerais (183.414) e Rio de Janeiro (123.028). No mês de setembro, especificamente, o Paraná registrou 9.046 novos postos de trabalho.