O presidente norte-americano, George W. Bush, disse num discurso, ontem, na Universidade de Defesa, em Washington, que as ameaças dos chamados ‘‘Estados párias’’ exigem que os Estados Unidos desenvolvam um sistema de defesa antimísseis, que tem a oposição da Rússia e de aliados-chave de Washington. Este sistema, cujo objetivo é proteger os EUA e seus aliados contra ‘‘ameaças limitadas’’, utilizaria tecnologias baseadas na terra, mar e ar ‘‘para inteceptar os mísseis na metade do caminho ou quando entrassem na atmosfera’’. Bush classificou de ‘‘promissoras’’ estas novas tecnologias que permitem interceptar um míssil durante seu trajeto, em sua fase ascendente.
Bush posicionou-se claramente contra o tratado antimísseis ABM, firmado em 26 de maio de 1972 em Moscou pelo então presidente Richard Nixon e o soviético Leonid Brejnev, que, no seu entender, limita as capacidades dos sistemas antimísseis dos países signatários.
ConsultasO presidente George W. Bush, anunciou, ainda, o envio na próxima semana de autoridades americanas do primeiro escalão a vários países para manter consultas sobre o projeto de escudo antimísseis.
Haverá delegações dirigidas pelo secretário de Estado adjunto Richard Armitage, o secretário de Defesa adjunto Paul Wolfowitz e o conselheiro adjunto para os Assuntos de Segurança Nacional, Stephen Hadley.
O presidente disse que os EUA também querem entrar num acordo com China e Rússia sobre o tema.