Brasília - O Brasil registrou, no mês de maio, saldo positivo de 155.270 empregos com carteira assinada. O resultado se explica pela diferença entre os 2.000.202 de admissões e pouco mais de um 1.844.932 de desligamentos. Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira (29)

O Paraná foi o sexto estado com melhor resultado absoluto com saldo de 7.785 postos de trabalho o que representou elevação de 0,26% em relação ao estoque de trabalhadores em abril. O estoque de emprego formal totalizado nas cinco principais cidades da RML(Região Metropolitana de Londrina) apresentou saldo positivo.

Entre demissões e contratações o resultado foi um saldo de 1.011 postos de trabalho com carteira assinada. O setor de Serviços ainda foi o que apresentou melhor desempenho, acompanhando os resultados dos meses anteriores, e representando praticamente 80% deste saldo


Em termos absolutos Londrina foi o destaque com 647 novos postos criados. Já em termos relativos a primazia ficou com Rolândia, que com saldo de 148 postos de trabalho formal apresentou elevação de 0,6% na comparação com o mês anterior.

Nos primeiros cinco meses do ano foram criados em todo o País 865 mil postos de trabalho, alcançando um estoque de mais de 43 milhões de empregos formais no país.


Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o resultado ficou abaixo da expectativa, que era de 180 mil empregos, por causa da política de juros altos praticada pelo Banco Central.


"O que frustrou um número ainda melhor – o número é positivo, temos de lembrar isso, 155 mil não é desprezível de saldo positivo para o mês de maio – porém as nossas previsões eram para números ainda maiores. Trabalhávamos com a previsão mínima da ordem de 180 mil empregos. E é flagrante o que leva a esse processo. É exatamente ausência de crédito e, portanto, a ausência de crédito está vinculada diretamente aos juros praticados."


O ministro responsabilizou as autoridades monetárias não só pelo resultado abaixo do esperado como por sacrificar as contas do país.


"Eu responsabilizo as autoridades, que teriam de ter já iniciado um processo de redução dos juros do país. Os juros praticados, portanto, não se justificam. Na medida que você sacrifica, não somente empregos, está sacrificando as contas também, porque significa que a União tem de pagar mais juros. Ou seja, nós estamos queimando oportunidades de geração de emprego, queimando oportunidades de ter as contas mais saudáveis."


O saldo positivo foi registrado em 23 dos 27 estados brasileiros, com destaque para São Paulo, com 50 mil empregos, seguido de Minas Gerais, com 26 mil, e Espírito Santo, com 13 mil.


As maiores perdas foram registradas em Alagoas, com saldo negativo de 8 mil empregos, e Rio Grande do Sul, menos dois mil e quinhentos.


Nas atividades econômicas o resultado foi positivo. O setor de serviços apresentou o maior crescimento, de 54% no mês. Um saldo de 83 mil, seguido da construção civil, com 27 mil. Completam a lista, agropecuária, com 19 mil, e comércio e indústria, com 15 mil vagas.


Maio foi positivo para as mulheres: foram gerados 65 mil empregos. No caso dos homens, quase 90 mil.