O saldo positivo do construção civil no Brasil foi de 8.459 vagas em maio
O saldo positivo do construção civil no Brasil foi de 8.459 vagas em maio | Foto: Shutterstock

O Paraná manteve a curva de crescimento do emprego e abriu no mês de maio 1.431 novos postos de trabalho. Foi o único Estado do Sul com índice positivo, já que Santa Catarina perdeu 1.159 vagas e o Rio Grande do Sul 11.207. No Brasil inteiro, o saldo de maio também é positivo: 132.140 novos empregos. Na contramão, Londrina e cidades vizinhas fecharam vagas. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta quinta-feira (27).

O melhor resultado do mês foi o de Curitiba, que contratou 27.675 pessoas e demitiu 27.211, com saldo positivo de 464 vagas. Pato Branco vem em seguida, com 428 novos empregos. E, depois, Maringá, com 349. Das 60 principais cidades que o Caged destaca no Paraná, Londrina ficou em 57º lugar, tendo fechado 134 empregos. Rolândia fechou 132, Ibiporã, 123, e Arapongas, 25. O saldo de Cambé foi zero.

Em Londrina, o comércio foi o principal responsável pelo desemprego, tendo fechado 258 vagas. A indústria também teve saldo negativo: -5. Já construção civil, serviços e agricultura geraram novos postos de trabalho: 96, 20 e 12, respectivamente.

No acumulado do ano, a cidade tem saldo positivo. São 1.237 novas vagas geradas de janeiro a maio. É o sexto melhor saldo do Estado. Antes, estão Curitiba (11.038 nos empregos), Maringá (3.955), Cascavel (2.072), Pato Branco (1.894) e São José dos Pinhas (1.478).

No consolidado do ano, o Estado é o quarto do País que mais contratou, tirando do desemprego 39.737 pessoas, um crescimento de 4,9% em relação ao mês de abril – apenas São Paulo (132.624), Minas Gerais (75.175) e Santa Catarina (48.469) tiveram resultados melhores. No Paraná, o destaque em maio foi para os setores da construção civil (2.355) e serviços (1.369).

Por meio da Agência Estadual de Notícias, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) destaca que o governo está promovendo várias ações para atrair novos investimentos para o Paraná, gerando mais oportunidades de emprego e renda. A projeção é a atrair R$ 20 bilhões em empreendimentos até o final deste ano. “O Poder Público tem que colaborar com o setor produtivo, buscando a modernização. Nós incentivamos os investidores, repactuamos as contas públicas e estamos preparando um Paraná para os próximos dez anos”, afirmou o governador.

NO BRASIL

O destaque positivo do Caged de maio no País é a criação de 37.373 postos formais no setor agrícola, refletindo as melhores avaliações para a safra brasileira, avalia o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Renan Pieri. "A agricultura vai bem a despeito da fragilidade da economia. As previsões para o setor agrícola são boas, mas para os outros setores, não. A indústria de transformação está em declínio. Há uma desindustrialização muito forte, sobretudo na região Sudeste", diz, destacando também o saldo positivo do construção civil (8.459 vagas). "É um setor que sofre muito desde a Lava Jato. O fato de ter criado vagas é um bom sinal."

A indústria de transformação destruiu 6.136 vagas em maio. "Em 12 meses, são cerca de 474 mil empregos formais criados, mas ainda é muito pouco diante de 13 milhões de desempregados e 28 milhões subutilizados."

Pieri ressalta que o número de postos gerados em maio foi bem similar ao do mesmo mês do ano passado (33.659 vagas), mas pondera que não há perspectiva de grande abertura de vagas nos próximos meses em meio às revisões para baixo das projeções para o PIB (Produto Interno Bruto), como a realizada nesta quinta-feira pelo Banco Central no RTI (Relatório Trimestral de Inflação), de 2,0% para 0,8%.

O economista destaca ainda que o Caged não tem sido um bom "provisor" da economia, uma vez que a recuperação econômica tem se dado pelo setor informal.