Brasil e Argentina vão fortalecer bloco
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sábado, 08 de janeiro de 2000
Agência Estado
De São Paulo
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, negou ontem que o governo tenha abandonado o controle das contas externas em benefício de taxas maiores de crescimento este ano. Segundo ele, a redução da alíquota de importação de cerca de 300 produtos anunciada esta semana pelo governo tem um peso pequeno na balança comercial brasileira. Não vamos dar uma dimensão maior do que os 300 itens da pauta tem, afimou.
O ministro destacou que não é objetivo do governo expandir para outros segmentos o estímulo à importação. Estamos falando de algo bem mais restrito, disse. Não vai se repetir o passado, quando se chegou a ter mais de quatro mil itens. Malan participou ontem de uma reunião com o novo ministro da Economia da Argentina, José Luiz Machinea. No encontro, ficou acertado que os dois países vão trabalhar para fortalecer o Mercosul este ano, quando a presidência do bloco será comandada no primeiro semestre pela Argentina e no segundo pelo Brasil.
A prova do nosso interesse no Mercosul é que minha primeira visita como ministro foi ao Brasil, disse Machinea. A Argentina será um sócio confiável, que vai contribuir para o desenvolvimento do bloco econômico. Um dos projetos será a harmonização do mercado de capitais na região, mas não quis detalhar como será desenvolvido o estudo. A intenção dos ministros é trabalhar na busca de um convergência de políticas macroeconômicas, que permitam o bom desenvolvimento dos países membros do bloco. Malan revelou que uma das prioridades deste ano será discutir a padronização das estatísticas, para que se possa traçar parâmetros para as economias do Mercosul.
Os dois ministros enfatizaram que os entraves comerciais entre a Argentina e o Brasil nos últimos meses não vão impedir o desenvolvimento do Mercosul. Segundo Malan, a região sempre conseguiu solucionar seus problemas comerciais de modo que as duas partes saiam beneficiadas.Os entraves comerciais não vão prejudicar o desenvolvimento da região, enfatizou Machinea.Ministros da Economia dos dois países encontram-se no Rio e garantem que diferenças comerciais vão ser solucionadas
Fábio Motta/Agência EstadoESTRÉIAPedro Malan e José Luis Machinea reuniram-se pela primeira vez depois da posse do novo governo argentino
