São Paulo O Bradesco fechou 2004 com lucro recorde de R$ 3,06 bilhões resultado 32,68% superior aos R$ 2,31 bilhões apurados em 2003. Um dos principais fatores que reforçaram o ganho do maior banco privado do País foi o avanço do crédito voltado para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas, explicou o presidente da instituição, Márcio Cypriano. ''Além do crescimento econômico, o banco teve um aumento significativo da base de clientes, o que influenciou a carteira de crédito e as receitas de serviços.''
O segmento de empréstimos e financiamentos para pessoa física teve um vigoroso crescimento de 35,89% de R$ 15,6 bilhões para R$ 21,2 bilhões. Desse total, R$ 17,3 bilhões referem-se a financiamento ao consumo. O destaque ficou com a área de veículos, cuja carteira aumentou 41%, para R$ 10,3 bilhões.
Os empréstimos destinados às micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 18,7 bilhões, volume 32,62% maior do que o de 2003. Já o segmento de grandes empresas teve uma queda 6,91%, de R$ 24,6 bilhões para R$ 22,9 bilhões. Segundo Cypriano, o desempenho deve-se ao fato de as grandes empresas procurarem outras formas de financiamento, como o mercado de capitais.
Para 2005, a expectativa de crescimento da carteira de crédito está entre 20% e 22%, considerando o avanço em torno de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e os acordos operacionais firmados pelo Bradesco para financiar empréstimo consignado (com desconto em folha de pagamento) aos aposentados e pensionistas do INSS. A instituição fechou parcerias com o BMG, Cruzeiro do Sul, Bonsucesso, Paraná e Panamericano. Os negócios envolvem o crédito de até R$ 17,7 bilhões. Além disso, o banco também fez acordo com a Casas Bahia a maior rede de eletrodomésticos e móveis do Brasil.
Outro ponto positivo no balanço do Bradesco foi a queda no índice de inadimplência de 4,8% para 3,9%. Isso possibilitou também a redução de 16,6% das despesas com provisão para devedores duvidosos.