IPATINGA, MG (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que recusou a proposta enviada pela sua equipe econômica do Renda Brasil, reformulação do Bolsa Família.

Imagem ilustrativa da imagem Bolsonaro diz ter recusado proposta de Guedes para Renda Brasil
| Foto: Marcos Corrêa/PR/Fotos Públicas

Ele participou, nesta quarta (26), de cerimônia de retomada de funcionamento de um alto forno da Usiminas, em Ipatinga (MG), fechado em decorrência da pandemia.

"Ontem discutimos a possível proposta do renda Brasil e eu falei 'tá suspenso'. Vamos voltar a conversar. A proposta que a equipe econômica apareceu pra mim não será enviada ao parlamento. Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos", disse.

O ministro Paulo Guedes (Economia) avisou ao presidente Jair Bolsonaro que o novo programa social do governo só terá benefício médio superior a R$ 300 se as deduções do IR (Imposto de Renda) da pessoa física forem extintas.

O presidente falou do auxilio emergencial de R$ 600 em tom de autoelogio ao seu governo, mas não decidiu o valor do benefício que continuará até o fim do ano.

"Resolvemos estender até dezembro. O valor não será R$ 200 nem R$ 600", disse. "Lamentavelmente como é emergencial, tem que ter um ponto final."

Segundo ele, o valor do auxílio "é pouco para quem recebe, mas muito para um país que se endivida".

O presidente ainda disse que a tendência para 2020 era de que o país crescesse 3%. "Mas infelizmente apareceu um imprevisto, o tal do vírus que veio de fora", disse.

Para a reformulação do Bolsa Família, que passará a se chamar Renda Brasil, Guedes apresentou propostas de parcelas entre R$ 240 e R$ 270, a depender do desenho da assistência e da extinção de outros programas. Bolsonaro pressiona para que o valor chegue a pelo menos R$ 300.