Mais de uma semana após a definição da eleição presidencial, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) seguem com manifestações contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os atos, porém, já não mostram a mesma força. Cerca de dez pessoas seguem na PR-445, perto do posto Cupimzão, e outros apoiadores permanecem em frente ao Tiro de Guerra de Londrina.

Na PR-445, entre Cambé e Sertanópolis, trecho que chegou a ser bloqueado, mas foi liberado após pedido do próprio presidente, os apoiadores afirmaram para a reportagem que estavam tentando mobilizar mais pessoas para permanecer no local. Embora nenhum deles tenha manifestado o desejo de se identificar ou de conceder entrevista, um deles afirmou que existe a intenção de voltar a interromper o fluxo da rodovia, informação que não foi confirmada com outras pessoas. Durante a tarde desta segunda-feira, o fluxo seguia normalmente no local.

No Paraná, a Polícia Rodoviária Federal relatou que manifestantes promoveram o fechamento total da BR-373, no km 67, perímetro urbano de Prudentópolis. Os agentes trabalhavam na liberação. A PMPR (Polícia Militar do Paraná), por sua vez, identificou dois pontos com bloqueio total (em Campo Mourão e Peabiru) e dois pontos com bloqueio parcial (em Umuarama e Marmeleiro). A PMPR ressalta que cumpriu integralmente, desde o início,. as determinações judiciais para restabelecer a normalidade nas rodovias. Até o momento foram realizados 198 boletins de ocorrência por conta das manifestações e bloqueios das rodovias estaduais.

CARREATA

Bolsonaristas também realizaram na nesta segunda-feira (7) uma carreata pelas ruas de Londrina para questionar a eleição de Lula. Os veículos fizeram uma concentração na área do Zerão onde normalmente ocorre a Feira da Lua, às 9h30 da manhã. O comboio reuniu vários veículos em apoio à greve geral convocada pelos manifestantes que seria realizada nesta segunda-feira (7). A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) informou que não há estimativa de quantos carros participaram do protesto. O chamado foi realizado pelas redes sociais, por meio de uma arte que instou os empresários a fechar suas empresas, indústrias, fábricas e comércios para “lutar contra a instalação do comunismo''. O comunicado é assinado por um grupo que se intitula MNRC (Movimento Nacional da Resistência Civil). A reportagem circulou pelas regiões comerciais mais movimentadas da cidade e constatou que a adesão a esse chamado foi baixa.

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