As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta quarta-feira sem direção única, em meio a dúvidas sobre o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, que devem usar a ocasião para a assinatura da primeira fase de um acordo comercial. Segundo a Reuters, a reunião será adiada para dezembro.

O índice Dow Jones encerrou o pregão na estabilidade, aos 27.492,56 pontos. Já o S&P 500 avançou 0,07%, aos 3.076,78 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 0,29%, aos 8.410,63 pontos.

A agência de notícias Reuters informou nesta quarta-feira, citando fontes do governo americano, que o encontro entre Trump e Xi deve ser adiado para dezembro, e pode acontecer durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Londres. A notícia tirou o fôlego das bolsas nova-iorquinas durante o dia, embora ao fim do pregão os índices acionários locais tenham operado próximos à estabilidade.

A reunião entre os dois líderes é amplamente esperada pelo mercado, na medida em que, na ocasião, deve acontecer a assinatura da primeira fase de um acordo entre as duas maiores economias do mundo, que vivem uma guerra comercial.

"Os mercados estão esperando mais pistas sobre as negociações comerciais", destacam analistas do BBVA, que relatam "ausência de dados econômicos relevantes" no pregão. Ainda assim, nesta manhã, os EUA informaram queda de 0,3% no índice de produtividade da mão de obra durante o terceiro trimestre, enquanto analistas esperavam alta de 0,9%.

Pesou no Nasdaq o recuo das ações do Facebook (-1,43%), após o procurador-geral do Estado da Califórnia, Xavier Becerra, afirmar que a empresa não cooperou com informações para uma investigação sobre privacidade.

Com a queda expressiva do petróleo nesta quarta-feira, o setor de energia foi o mais penalizado em Wall Street: o subíndice do setor no S&P 500 fechou o dia em baixa de 2,29%. Os papéis da Chevron cederam 1,67% e os da ExxonMobil, 2,19%.

Também apresentou queda em Nova York o Recibo de Depósito Americano (ADR, na sigla em inglês) da Petrobras (-2,51%), diante da frustração de investidores com o leilão do excedente da cessão onerosa, realizado nesta terça.